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Mostrando postagens de abril, 2008

Pensar 2020

A falta de um pensamento estratégico que desenhe um Portugal no futuro hipoteca em larga medida as decisões do presente e da emergência de um desígnio comum que seja assumido transversalmente por toda a sociedade e não apenas pelas supostamente representativas forças políticas. Esta visão estratégica do futuro serviria para duas coisas fundamentais: elaborar estratégias de longo prazo devidamente participadas e assumidas pela globalidade da população, reduzindo as intenções de baixa política, sabotagem ou confrontação recorrente e criar condições para avaliar esta ou aquela execução política, reconhecendo os resultados de uma maneira credível que permitiria reagir ao que não foi atingido e valorizar o alcançado. Para que isso aconteça é necessário que sejam claros para o povo alguns aspectos que compõem o futuro e que cercam essas opções: Globalização, Cultura e Relações Externas. A primeira define toda a política económica futura; a segunda, a forma como nos manteremos enquanto estru

Dia da Terra

The Simpsons: a incomodidade medíocre

Gosto dos Simpsons. São uma família desajustada, disfuncional e incoerente. Uma família do mundo ocidental que há muito mandou a política às urtigas, cujo universo centra-se na televisão e onde não há espaço para o desenvolvimento humano. Para eles, a vida gira em torno das refeições, do bar, da escola, num circuito fechado e estreito e as enormidades da análise do “real distante” são uma reprodução (e não uma caricatura) do pensamento de uma certa classe média americana, com tiques nacionalistas, uma falta de cultura confrangedora e uma interpretação dos factos feita a partir de uma colecção de bites avulsos apreendidos de passagem. Chega a ser dolorosamente real a relação com as instituições (a indiferença de Bart pela escola, a incapacidade da escola oferecer mais a Liza, a “seca” que é o trabalho na central nuclear, esta fonte de riqueza de Springfield e, ao mesmo tempo, a sua desgraça). Aquele tom permanentemente fora do politicamente correcto é delicioso e só possível no mundo o

"Antes de começar o trabalho de modificar o mundo, dê três voltas dentro de sua casa (proverbio chines)."

A posição oficial do governo brasileiro face à China é compreensível mas não aceitável. Um país que viveu uma ditadura, que alcançou a democracia, elegendo um homem de esquerda que deveria reconhecer melhor do que ninguém o significado da repressão, não pode esgotar-se unicamente no gigantismo da relação económica entre ambos. Será por uma mera questão comercial? Convido a todos a uma visita ao site da Câmara do Comercio sino-brasileira para perceber a dimensão económica da questão. É positivo o investimento do Brasil na relação com a China e Índia como forma de dar voz a uma fatia gigantesca da população mundial, ao poder que representaria no combate à globalização e exploração do 3º Mundo e a utilidade de um contraponto activo das maiores economias emergentes. Todavia para que isso ocorra seria necessário que a China desse passos fundamentais para os quais não está preparada: democratização do regime, direito de opinião e oposição, liberdade de imprensa e organização, direitos humano

Em prol da saúde pública

Um jornal de distribuição gratuita noticia hoje que o sexo faz bem. Divulga um estudo da Universidade de Bristol, publicado pela revista Psychology Today e classificado pelo seu autor como de interesse público, segundo o qual os homens que têm três, ou mais, orgasmos por semana vêm as suas probabilidades de vir a sofrer de uma doença coronária reduzidas em 50%. Explica-se que, sendo o coração um músculo, tem tudo a ganhar com a utilização exigente, e o sexo é uma actividade física e se praticada pelo menos três vezes por semana, será uma actividade física praticada com regularidade. Assim, explica a notícia que, se para uns será melhor correr meia hora numa passadeira, para outros, os que "têm a sorte de ter uma parceira disponível e colaborante", podem conseguir o mesmo resultado praticando uma "modalidade" muito mais compensadora mesmo a nível emocional - sim, toda a gente sabe que as passadeiras são pouco emotivas. Realmente esclarecedor, não sei qual a vantagem

Quem diz o que quer...

Segundo o Courrier Internacional, o Sunday Times noticiou um diálogo interessante entre o músico Bob Geldof e o Presidente dos EUA, na altura em que o primeiro ofereceu ao presidente um exemplar do seu livro, ao ser questionado pelo Sr. Bush acerca de quem tinha escrito o livro por ele, Geldof perguntou a Bush quem leria o livro por si...