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Mostrando postagens de novembro, 2010

De como a resposta curta e grossa é uma necessidade nacional ou o apoio inequívoco a posição de Miguel Lobo Antunes

“ Um director de teatro não deve saber nada de economia para que não se deixe contaminar por esse discurso que se pega a nós e dificilmente dele nos conseguimos libertar.” Com esta frase lapidar Miguel Lobo Antunes destruiu um anátema que paira sobre a cultura nestes últimos tempos. A obsessão gestionária que assola o país, cercado por estranhos métodos estatísticos de avaliação de eficácia, produtividade e comparação de resultados absurdos entre realidades distintas pode enganar a todos por algum tempo mas cai por terra quando falamos de uma realidade imaterial denominada arte. Actualmente, as constantes avaliações que imberbes gestores plantam no cenário da sociedade, atirando números, rácios e valores padrão que vão desde a avaliação do tempo de prestação de consultas médicas até o custo/benefício de um serviço que atende um número reduzido de pessoas (por exemplo, idosos) e que, fruto deste desiderato deve fechar, obrigando os utentes a dirigir-se a outros espaços (a 20/30 km do lo

[[ERIC CANTONA]] ACCIÓN MUNDIAL CONTRA LOS BANCOS - WORLDWIDE ACTION - [...

A NATO e a idade da reforma

Se vivêssemos num mundo decente em que o Estado Social conseguisse garantir a qualidade de vida dos cidadãos, a NATO teria chegado à idade da reforma. Dada a sua natureza belicista e fruto das inúmeras jantaradas que proporcionou a si própria (este é o ano do bacalhau!) tem maus fígados, tensão arterial elevada e uma série de outras mazelas que em condições naturais já a teria levado a morte. Mas essa nossa obsessão de prolongar a vida dos doentes para além do razoável faz com que existam estas carcaças no mundo, agonizantes e torturadoras de quem a elas está submetido. Digo-vos, em segredo, que há uma razão para os que constituem a sua família manterem vivo este velho quezilento, surdo e cheio de fel: a herança. A apetitosa distribuição do poder faz com que todos se sentem à mesa no Natal, Páscoa e outras efemérides, trocando falsos sorrisos e atirando fanfarronices de vida, fotografias de férias e notas dos filhos. No fundo todos se odeiam e sabem que separados terão de lidar com lit