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Mostrando postagens de setembro, 2011

Economia - Sem crescimento, o programa da "troika" é inútil, diz António Borges - RTP Noticias

Economia - Sem crescimento, o programa da "troika" é inútil, diz António Borges - RTP Noticias Os comentários no fim de semana! Ponto prévio: António Borges não tem nada a ver com o que eu penso em termos de sociedade e economia. Digo sociedade à frente porque a economia é apenas (por mais que vos tentem convencer do contrário) uma parte da vida dos homens e nem sequer a mais importante. Em segundo lugar, o modelo capitalista e argumentação pragmática à volta do mesmo (“não concordas, então o que propões? O socialismo, esse regime em que não há mérito, necessidade de esforço porque somos todos iguais, onde o progresso, a competição e a acumulação são pecados que não respeitam a individualidade e o darwinismo óbvio em que fomos criados”) estão longe de ter algum interesse. Todos sabemos que o bom senso e o equilíbrio obtido pela retirada das mãos de especuladores e grandes fortunas em geral, recentrando a economia na democracia (essa sim o topo da pirâmide humana) seria s

Cromos internacionais da colecção que ninguém quer fazer 6

“o puto” Passos Coelho - PPC, Simplesmente Álvaro e Vítor Gaspar formam um trio interessante. Apesar de ainda não ser possível desenvolver um grande argumento sobre as suas políticas e resultados (só vimos os reflexos tão comuns da política do “centrão” retratadas em O Estado Preguiçoso, algures neste blog), vemos que há um grande empenho em cumprir as ordens e orientações das instituições a quem cravamos umas massas para tapar os buracos criados por 30 anos de insanidade mental. Vemos que o sonho hiper-liberal pulsando no peito destes génios contratados ao estrangeiro vai fenixizar Portugal. Vemos que ninguém consegue acertar nas contas do desvio da Madeira e de outros buracos que continuarão a aparecer porque, em suma, a educação política portuguesa foi sempre a de “chutar para cima” ou (como me explicaram em tempos perante um orçamento com rubricas a cumprir) ver tudo como um “bolo comum” que se encaixa à medida do que for preciso. Vemos que agora teremos classes como os estupidame

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“Crava” Pappandreu – Cometo uma monstruosa indignidade a chamar assim o PM grego. Toda a gente sabe que a Grécia foi espoliada pelos seus políticos, economistas e banqueiros (em que outros países são as mesmas personagens?) e por um bando de irresponsáveis para os quais a cadeia até é um favor. Nada mais lhe resta do que representar o papel impossível de que o Estado grego vai cumprir o sonho impossível dos especuladores. Nem que jorrasse petróleo no Partenon e desabrochassem minas de cobre em cada ilha grega haverá condições e riqueza produzida para cobrir juros de mais de 60%. Chegamos aquele momento em que, perante a catástrofe e o colapso eminente, readquirimos o controle de nós mesmos. Como o passageiro de um avião que vai cair. Depois do desespero surge uma paz e algo nos equilibra finalmente. Ficamos em paz com o iniludível e reconhecemo-nos finalmente: nas nossas fraquezas e virtudes, vontades e desejos. A Grécia será assim: não poderá pagar. Acaso vão transforma-los no

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“Morgado” Sarkosy – Crente andava eu que o regime dos faraós tinha terminado e ao que parece o Egipto abriu uma sucursal na Europa. Não sei se é de ser pequenino, de não ter passado militar, não ter méritos culturais, sociais ou outro qualquer para além do charme único do homem populista que aparenta se estar a borrifar em tudo, Sarkosy achou que era importante para a França e para a Europa. Não sei o que pensa a Alemanha (e é sempre importante saber o que a Alemanha pensa porque é ela que manda na Europa) mas acho que a França não é assim tão considerada. À Alemanha interessam apenas dois países: A Inglaterra e a Rússia. Sabe que ambos são suficientemente loucos para “arruma-los” em qualquer campo, mesmo económico se preciso for. Casado com a bela artista, passeia o seu delírio à la Kennedy pelo mundo. Dá gosto ver o casal passear pelo mundo num tom matrimonial pós-pós moderno, onde a ternura funciona por indução do ângulo fotográfico e onde se vislumbram tensões, paixões, infideli

Cromos internacionais da colecção que ninguém quer fazer 3

“Cusca” Murdoch – Eu até tinha muita consideração pelos australianos. Pessoas que, entre viver em Inglaterra e ir para uma terra inóspita, agreste e cheia de animais letais optaram pela segunda demonstrando uma sensatez à toda prova. Todavia Murdoch não é bem um australiano: é um Joe Berardo com melhor inglês (e provavelmente português também!). Dono de um império de informação e opinião num mundo que se pela por escândalos (e como as notícias actualmente só falam de economia, estou quase a engajar na imprensa de lama cor de rosa) necessitou de mais “conhecimentos” do que os que a lei permite. Não sei se é mandante ou apenas responsável enquanto acicatador de comportamentos abusivos pela pressão de um tempo que também mastiga notícias e as dejecta a um ritmo de fast food informativa. E tal como a fast food, a notícia também não é informação, não é útil ou pertinente. Apenas enche, diverte e não tem repercussões para além de encolher o cérebro (no caso da comida é mais o fígado). E

Cromos internacionais da colecção que ninguém quer fazer 2

“Chibo” Julien Assange – este “chibo” famoso (curiosamente também acusado de violação a partir do momento em que publicou telegramas no Wikileaks). E não violou num país qualquer: foi logo num que tem acordo de extradição com os Estados Unidos e que assina de cruz todo e qualquer pedido deste bastião da democracia com pena de morte incluída. Sabemos que Assange gosta de desnudar coisas, algumas destapa de forma despudorada, mostrando as “vergonhas” (termo antigo ajustadíssimo aos factos). Apesar disso ainda não revelou aquelas mais sumarentas, as que até as revistas de especialidade hesitam em publicar, coisas de uma dimensão extremamente imoral, que torna os “gore movies” episódios de teletubies. Podemos descansar entretanto. O julgamento da sua extradição deve demorar o mesmo que a de Vale Azevedo.

Cromos internacionais da colecção que ninguém quer fazer 1

“Violas” DSK – Nem sequer importa se violou ou chegou alguma vez na vida a violar alguém. A relevância não está aí. Sendo Presidente do FMI, obviamente violou e mandou empalar milhões de pessoas por este mundo fora, reduzindo a condição bacteriana eventuais apalpões ou propostos desonestas a qualquer moça. Um caso de sucesso no assédio pois que jamais seria violador se não fosse potencial candidato à Presidência francesa onde está instalado uma espécie de Gaddafi monogâmico e reprodutivamente menos competente. DSK serviu para provar que o sistema judicial americano é célere a julgar casos mediáticos, que a justiça é um “negócio” bem orquestrado e em franco desenvolvimento e que um pobre não ganha nada em recorrer com razão ou sem ela. Falta saber se o regresso do “injustiçado” Khan não será uma boa estratégia eleitoral.

Chicago não foi uma terra de gangsters?

No Chile, em 1973, criaram-se as condições ideais a implementação dos princípios da Escola de Chicago como  em nenhum outro lugar do mundo . Um golpe de Estado patrocinado pelo governo americano no âmbito da Operação Condor (coisa que obviamente nunca existiu!) eliminou fisicamente um governo eleito e instituiu uma ditadura feroz que abateu sistematicamente tudo o que pudesse ter a ver com a esquerda, mesmo que um leve perfume. Para além do processo de genocídio encomendado pela América (curiosamente ninguém foi julgado em TPI comprovando uma vez mais a nulidade de um Tribunal que não julga os “amigos” do financiador). Acarinhado como nenhum outro assassino a soldo da América, Pinochet fez por merece-lo, criando a primeira nação-laboratório para uma teoria económica que defende um Estado juiz e fiscalizador que nada tem a ver com o cidadão para além de uma mera relação formal. E como se processou? 1.        Eliminação sistemática da contestação social. Cerca de 50.000 mor