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Mostrando postagens de 2012

A soma de todos os fracassos

Canadá chora Amanda, 15 anos, que não resistiu a três anos de iciberbullying/i - Sociedade - PUBLICO.PT Taliban reivindicam ataque contra activista paquistanesa de 14 anos - Mundo - PUBLICO.PT Onde estamos nós? Porque nos deixamos perder? Porque tem de ser jovens a pagar a nossa informada ignorância, a nossa riqueza de nadas? "As situações são mais complexas do que se refletem nos fatos..." mas eu sou estúpido ou o que? Passamos a vida a chacinar e a deixar chacinar por comodismo político e social. Não nos incomodamos e o fascismo toma conta da Europa, a demência religiosa ataca na América e países árabes (ao ponto do Ocidente apoiar os novos talibãs sírios e líbios para retirar supostas ditaduras com quem ignorantemente colaboraram, pactuaram e acobertaram!). Não terminaremos a década sem sangue nas ruas, nas casas e na capitulação total por nos negarmos a combater agora. Pois agora é que se deve combater, antes que morram os que ainda não tiveram tempo para sonhar.

Se querem Ética procurem Diógenes

http://www.rtp.pt/antena1/index.php?t=Entrevista-a-Miguel-Oliveira-da-Silva.rtp&article=5560&visual=11&tm=16&headline=13 Andei à procura dela mas as palavras eram escuras como breu! Nem de lanterna se vê ponta de ética na coisa. Vi apenas uma forma indistinta de sinalização burocrática (“É preciso que tudo fique escrito e seja claro, clarinho” entre médico, administração hospitalar e utente para o caso de alguém – presumimos o utente – queira consultar) e uma velada revelação de que tudo isso já se faz pelas piores razões algures no túnel do não regresso para onde a Troika nos arrasta. Estes olhos alcatroados com que percorro um caminho de perigos, ouço apenas a lapidar frase da indigestão: “Nem todos podem ter acesso a tudo sempre…” mesmo se descontaram neste pressuposto? Mesmo que as suas vidas dependam disso e não de um enquadramento protocolar, entremeado de tabelas, gráficos e análises ponderais? Percebo o critério técnico, não percebo o critério ético

Os irresponsáveis

http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/sondagem-diz-que-87-dos-portugueses-estao-desiludidos-com-a-democracia-1563811 1.Partidos: Até o início dos 80 os partidos foram elemento importante na formação ideológica, consolidação política da democracia e motor de algumas das mais importantes mudanças na forma de agir e pensar do povo. Aos poucos, com a consolidação do modelo burguês, a “profissionalização da atividade”, e a perceção de que o sistema político poderia ser um prolongamento /alternativa de trabalho entre o aventureirismo e o ócio, começaram a aproximar-se da política uma série de pessoas de valor duvidoso, não particularmente brilhantes mas com o incisivo faro dos sobreviventes, que tiraram um curso entre greves, absentismo elevado e aulas práticas de manobrismo maoísta. Estes sobreviventes começam a sentir a sedução da Europa, do galgar o mundo em expansão e o irresistível charme dos grupos económicos que dão forma ao hedonista que nestas criaturas mora. Os partidos vão pe

Eles "andem" aí!

Este é um modelo de pensamento cada vez mais comum no mundo liberal. Tem seguidores de ambos os lados do Atlântico e separam verdadeiramente as águas: na visão de Romney são cerca de metade os americanos que não contam para nada! Em Portugal são 80%! É assustador quando abandonam a polidez e escancaram as bocas num discurso a que falta apenas a menção do genocídio. Curioso também que grande parte deste pensamento se estabeleça com a ajuda de um extremismo religioso (e os seus máximos representantes se desvinculem desta manipulação!), tão extremo como os que supostamente combatem nos países árabes. São apenas a outra face da moeda.  Será que alguém tem ilusões sobre quem e porque o filmezeco sobre Maomé foi parar às redes sociais (recuso-me a reproduzi-lo!) justamente agora? Não tenhamos ilusões: precipitamo-nos para uma catarse mundial de contornos temíveis se não se puser travão à intolerância.

O Povo

Não é um novo 25 de Abril. É o caminho para lá chegar Ontem aconteceram duas coisas que me fizeram crer que as coisas podem mudar: a sentida emoção na primeira pessoa de todos os que são vítimas do maior embuste político e económico praticado nos tempos modernos. Vi lágrimas, vi gente a chorar ao som do hino nacional sem desporto ao fundo, vi idosos preocupados com os seus netos, jovens preocupados com aqueles cuja reforma já não dá para si nem para apoiar os seus, pais preocupados e encurralados entre o que podem e devem fazer. Vi um desespero silencioso, controlado mas visivelmente presente e um sentimento crescente de que as coisas acabarão por ser resolvidas a mal. Vi a polícia atuar com mais paciência que o habitual face as provocações.Não sei se por ordens recebidas ou se pela consciência de que, desta vez, estavam em franca minoria e um rastilho mal aceso poderia acabar muito mal. Ou talvez por também saberem que os que se manifestaram também são eles e que o destino de uns

Passos e o ponto de rebuçado

Regresso dos mortos onde me encontro sossegado, a evitar tacitamente falar deste governo cuja ação já tinha descrito nos “ 98 Mandamentos”, altura em que apresentaram o seu projeto de revisão Constitucional. Recordo que Passos não enganou ninguém. Desde cedo mostrou um pundonor ultraliberal, atrelado aos mestres fascistas do seu partido. Se somarmos este perfil ao fato de não lhe terem dado o poder (quem manda em Portugal é um consórcio de bancos internacionais que precisa de liberalizar a Europa e torna-la competitiva em termos laborais – regressando ao período do capitalismo jurássico) temos um sujeito que faz o que lhe mandam com algum prazer. Toda a gente sabe que a receita do FMI vai falhar mais mês, menos mês e que acabaremos como a Grécia mas mais sossegadinhos. O problema está no limite do cozinhar as medidas aplicadas. “Desaumentar” os salário (o poder de compra já está em níveis subterrâneos) a troco de substituir o patronato na contribuição para uma entidade que

Na Grécia mãe e filho atiram-se de prédio de mãos dadas - Globo - DN

Na Grécia mãe e filho atiram-se de prédio de mãos dadas - Globo - DN Tanto especialista, tanto discurso, reunião e cimeira. Tanta ameaça, perdão e responsabilização. Tanto crédito, tanto juro, tanta dívida. Penso que não é o Euro que deve acabar mas sim a CE enquanto ponto de encontro que não tem nada a ver como os povos que regulamenta impiedosamente, enquanto máquina de interminável burocracia. É preciso por fim ao medo.

América: a mitomania à volta de um sonho que já não existe

A mitomania (ou mentira obsessivo-compulsiva) é a tendência patológica mais ou menos voluntária e consciente para a mentira. Dizer a verdade é um sofrimento para o mitómano, doença definida como uma forma de desequilíbrio psíquico caracterizado essencialmente por declarações mentirosas, vistas pelos que sofrem do mal como realidade. Podemos dizer que o discurso do mitômano é muito diferente do mentiroso, que tem finalidades práticas. Contam histórias ao mesmo tempo que acreditam nelas. É também uma forma de consolo. Tem origem na supervalorização de suas crenças em função da angústia subjacente. O mitómano sempre sabe no fundo que o que ele diz não é totalmente verdadeiro. Mas também sabe que isso “deve ser” verdadeiro para que lhe garanta um equilíbrio interior suficiente. Em determinado momento, prefere acreditar mais na sua realidade que na realidade objetiva exterior. Tem necessidade de contar essa história para se sentir tranquilizado e de acordo consigo mesmo. Grande parte

Desistir de Portugal

Tenho tentado evitar comentar o óbvio e seguir contra o impulso da blogosfera no que diz respeito aos acontecimentos. Tenho resistido a ser mais um a fazer o já conhecido efeito multiplicador do comentário indignado que por vezes não o é: servem para instrumentalizar e legitimar o que poderá ser. A política portuguesa está envolvida em epifenómenos para os quais é preciso criar o antidoto. Só que este antídoto passa por valores, coisa que se perdeu algures no alcatrão das autoestradas, na morte da agricultura e na deificação do dinheiro fácil para legitimar mentiras ou colorir imagens de gente de alma negra. O antídoto seria uma imprensa livre, seria a indignação geral, seria os homens terem a dignidade de perceber que uma democracia formal não é uma democracia de direito. Um simulacro de eleições não é participação cívica, um governo não é mandatado para decidir para além da administração da coisa pública e as políticas que envolvem implicações futuras ou são objeto de consenso l

Nunca o futuro esteve tão passado!

Carta a Meus Filhos sobre os Fuzilamentos de Goya

The Love Song of J. Alfred Prufrock by T.S. Eliot

Mota Soares, Mister Mxyzptlk

Escolhi este super-herói (na verdade é um vilão, mas isso de nos deslumbrarmos com o nosso aparente sucesso tem dessas coisas!) devido sobretudo aos seus poderes. Explica a Wikipédia (esta inestimável fonte para a qual devemos todos contribuir e estimular, contra todas as leis castradoras da Internet é que só servirão para aumentar o desrespeito, a ignorância e o erro grosseiro) que: “ Mister Mxyzptlk ou Mxy (como também é chamado) é um duende da Quinta dimensão, possuindo estatura diminuta e poderes até o momento não completamente mensurados. Seu nome verdadeiro é impronunciável na linguagem humana. É conhecido por jogar com o Superman através de travessuras mortais. O personagem tem um senso de humor por vezes mórbido, mas em outras atua meramente como um palhaço. Seus poderes consistem em alterar a realidade a seu bel-prazer: Ele pode, por exemplo, dar vida a objetos, animar figuras de desenho, alterar forma e propriedades da matéria, teleportar-se, ficar invisível, etc.”

Crato, o National Kid

Escolhi este obscuro herói japonês dos anos 60 para a personalidade mais mística do atual governo. Este termo – místico – tem algo de cínico e parcial porque até admiro Nuno Crato e sinceramente não entendo o porque de participar como Ministro neste Governo de iletrados aparelhistas. Afinal, Crato é a prova de que a inteligência não significa argúcia, que a formação superior não é um registo de humanidade e que a intelectualidade é a maior parte das vezes uma medida de afastamento dos outros, a quem nos deveríamos dedicar com abnegado interesse. E tudo isso acaba por ser perturbador porque esperamos de uma pessoa inteligente a capacidade de, inteligentemente, opor-se ao maniqueísmo, a intolerância, ao nepotismo e oportunismo generalizado. Talvez confiando no seu saber sobre os processos estocásticos consiga (sobre) viver no meio desta aleatoriedade chamada governo. Não partilhando do seu pensamento liberal (nem sei se o tem!), não percebo porque se deixou enredar em manobrismos p

Relvas, o Fantasma

Há muitas razões para associar o Ministro Relvas a este herói tão especial. A primeira que me vem à cabeça é o fato de ser um dos primeiros super-heróis a usar uma farda. Trata-se de um traço de militância extrema porque, por norma, os super-heróis vestem fatos extravagantes e de dúbia sexualidade. A segunda é a cor da farda: beringela ou se quisermos ser mais prosaicos, roxo. E porque essa cor é tão relevante? Em primeiro lugar não há exército militante que se lembre de ter uma farda roxa! Matava o inimigo, mas de riso! Depois, porque é uma cor adequada à figura: há algo de místico e messiânico em Relvas para além da má teatralização vocal, algo que evoca a religião e as forças secretas e profundas do submundo. Tal como muitos heróis dos quadradinhos, Relvas habita um mundo imaginário, uma selva de seu nome Lisbogal, vivendo como seria de esperar numa caverna, algures entre a Lapa e S.Bento. Dedica-se a combater o Mal , essa entidade mutante e desfigurada, que de tão indeterminada

Vítor, o super-troika

O seráfico fiscal do reino é o único super-herói do governo com a capacidade de pairar sobre os acontecimentos provocados como se não fosse com ele. Também será o único que imagino a usar collans, não sei se pela figura franzina se pelo ar já de si engraçado. Vítor é um paladino das Agencias Financeiras e das instituições internacionais. Não há agência europeia que não morra de amores pelo senhor, ministro da CE que não lhe pisque o olho, burocrata que suspire à passagem do seu perfume. Arrisco mesmo dizer que Durão Barroso terá os dias contados, se não aderir a trama alemã de lhe por uns tacões, pintar o cabelo de loiro e anexar duas meloas de Almerim e vende-lo ao povo alemão no lugar da Angela. Mas toda a gente quer o nosso super-herói. A principal arma do Vítor é o ataque de taxa que esvazia o vencimento instantaneamente. Também usa por vezes o redutor de deduções, que faz-nos juntar inúmeros papéis que não servem para nada. Também tem outros truques, mas que não veem ao caso. D

Portas: o homem Invisível

Em tempos passados, Portas era um bem-sucedido oposicionista do ainda não filósofo Sócrates. Pela bravata, discurso arrivista, rapioqueiro (uma das palavras mais bonitas do português, que nosso senhor Graça Moura a conserve!) e populismo a rodos andava o que tinha o cognome de “Paulinho das feiras” de terra em terra, de pasto em pasto a apregoar os malefícios do socialista Sócrates; onde havia uma vaca por mugir, uma ovelha a parir e uma rima de moscas de cavalo a flutuar sob o desastre da agricultura nacional, lá estava ele, o Portas, a perorar sobre uma proposta básica, óbvia e incipiente que ninguém irá implementar porque oca de razoabilidade. Era o maior produtor agricola de sound bites,  de discursos de circunstância, de enfeites. Durante muito tempo soubemos que, se havia ajuntamento nas feiras ou era ASAE ou Paulo Portas. Agora, temos saudades. O que é feito do homem jeitoso que de boné taxista e camisa arregaçada evitava a bosta dos campos com passo de bailarina? Portas adqu

CARTA ABERTA À CARTA ABERTA DAS FORÇAS ARMADAS

Entenderam os militares através do Coronel Manuel Martins Pereira Cracel, manifestar o seu sentimento de desagrado ao Ministro da Tutela em carta aberta sobre as afirmações deste numa reunião promovida por revista da especialidade. A carta enumera 18 questões/reflexões sobre a insustentabilidade das FA. Considerando todos os fatores entendo haver lugar aos seguintes reparos: 1. As FA nunca deveriam tê-lo feito em carta aberta, procurando assim popularizar o seu descontentamento junto da opinião pública. As FA tal como as forças de segurança em geral devem ter um papel discreto relativamente as questões que lhe dizem respeito e as suas reivindicações serem objeto de uma relação institucional diferente da sociedade civil; 2. O fato de acreditar piamente que este governo não tem qualquer tipo de interesse para o país, não quer dizer que não reconheça que foi nele que o povo democraticamente votou e que será o povo – sempre o povo – a destituí-lo, erradica-lo ou pendura-lo na ponta de u

O coro dos ressabiados

Nem acredito que vou defender o governo 2 vezes numa semana! Não há Alka Seltzer que aguente! Mas o fato é que os alemães também estão com azia de não terem ferrado o dente na EDP. Mas nisso, senhores, foi feito como eles (os alemães) nos ensinam: quem deu mais massa, levou! Desta vez foram os chineses mas os angolanos vão ficar com um banco e um canal de tv a curto prazo. E depois? Será o nepotismo angolano pior que o cinismo tiranico do dirigismo teutónico que comanda a direita europeia no seu Anschluss económico? Em que parte o desrespeito integral dos Direitos Humanos chineses é mais aviltante que a deslocalização produtiva das multinacionais ocidentais para estas terras, aproveitando o baixo custo de mão de obra que pretendem re-implementar na periferia europeia? Em que parte a incipiente democracia brasileira merece menos consideração do que a de um país que obriga os outros a cumprir acordos espartanos de pagamento de dívida sem crescimento para melhor aproveitarem-se do sist