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Mostrando postagens de setembro, 2012

Se querem Ética procurem Diógenes

http://www.rtp.pt/antena1/index.php?t=Entrevista-a-Miguel-Oliveira-da-Silva.rtp&article=5560&visual=11&tm=16&headline=13 Andei à procura dela mas as palavras eram escuras como breu! Nem de lanterna se vê ponta de ética na coisa. Vi apenas uma forma indistinta de sinalização burocrática (“É preciso que tudo fique escrito e seja claro, clarinho” entre médico, administração hospitalar e utente para o caso de alguém – presumimos o utente – queira consultar) e uma velada revelação de que tudo isso já se faz pelas piores razões algures no túnel do não regresso para onde a Troika nos arrasta. Estes olhos alcatroados com que percorro um caminho de perigos, ouço apenas a lapidar frase da indigestão: “Nem todos podem ter acesso a tudo sempre…” mesmo se descontaram neste pressuposto? Mesmo que as suas vidas dependam disso e não de um enquadramento protocolar, entremeado de tabelas, gráficos e análises ponderais? Percebo o critério técnico, não percebo o critério ético

Os irresponsáveis

http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/sondagem-diz-que-87-dos-portugueses-estao-desiludidos-com-a-democracia-1563811 1.Partidos: Até o início dos 80 os partidos foram elemento importante na formação ideológica, consolidação política da democracia e motor de algumas das mais importantes mudanças na forma de agir e pensar do povo. Aos poucos, com a consolidação do modelo burguês, a “profissionalização da atividade”, e a perceção de que o sistema político poderia ser um prolongamento /alternativa de trabalho entre o aventureirismo e o ócio, começaram a aproximar-se da política uma série de pessoas de valor duvidoso, não particularmente brilhantes mas com o incisivo faro dos sobreviventes, que tiraram um curso entre greves, absentismo elevado e aulas práticas de manobrismo maoísta. Estes sobreviventes começam a sentir a sedução da Europa, do galgar o mundo em expansão e o irresistível charme dos grupos económicos que dão forma ao hedonista que nestas criaturas mora. Os partidos vão pe

Eles "andem" aí!

Este é um modelo de pensamento cada vez mais comum no mundo liberal. Tem seguidores de ambos os lados do Atlântico e separam verdadeiramente as águas: na visão de Romney são cerca de metade os americanos que não contam para nada! Em Portugal são 80%! É assustador quando abandonam a polidez e escancaram as bocas num discurso a que falta apenas a menção do genocídio. Curioso também que grande parte deste pensamento se estabeleça com a ajuda de um extremismo religioso (e os seus máximos representantes se desvinculem desta manipulação!), tão extremo como os que supostamente combatem nos países árabes. São apenas a outra face da moeda.  Será que alguém tem ilusões sobre quem e porque o filmezeco sobre Maomé foi parar às redes sociais (recuso-me a reproduzi-lo!) justamente agora? Não tenhamos ilusões: precipitamo-nos para uma catarse mundial de contornos temíveis se não se puser travão à intolerância.

O Povo

Não é um novo 25 de Abril. É o caminho para lá chegar Ontem aconteceram duas coisas que me fizeram crer que as coisas podem mudar: a sentida emoção na primeira pessoa de todos os que são vítimas do maior embuste político e económico praticado nos tempos modernos. Vi lágrimas, vi gente a chorar ao som do hino nacional sem desporto ao fundo, vi idosos preocupados com os seus netos, jovens preocupados com aqueles cuja reforma já não dá para si nem para apoiar os seus, pais preocupados e encurralados entre o que podem e devem fazer. Vi um desespero silencioso, controlado mas visivelmente presente e um sentimento crescente de que as coisas acabarão por ser resolvidas a mal. Vi a polícia atuar com mais paciência que o habitual face as provocações.Não sei se por ordens recebidas ou se pela consciência de que, desta vez, estavam em franca minoria e um rastilho mal aceso poderia acabar muito mal. Ou talvez por também saberem que os que se manifestaram também são eles e que o destino de uns

Passos e o ponto de rebuçado

Regresso dos mortos onde me encontro sossegado, a evitar tacitamente falar deste governo cuja ação já tinha descrito nos “ 98 Mandamentos”, altura em que apresentaram o seu projeto de revisão Constitucional. Recordo que Passos não enganou ninguém. Desde cedo mostrou um pundonor ultraliberal, atrelado aos mestres fascistas do seu partido. Se somarmos este perfil ao fato de não lhe terem dado o poder (quem manda em Portugal é um consórcio de bancos internacionais que precisa de liberalizar a Europa e torna-la competitiva em termos laborais – regressando ao período do capitalismo jurássico) temos um sujeito que faz o que lhe mandam com algum prazer. Toda a gente sabe que a receita do FMI vai falhar mais mês, menos mês e que acabaremos como a Grécia mas mais sossegadinhos. O problema está no limite do cozinhar as medidas aplicadas. “Desaumentar” os salário (o poder de compra já está em níveis subterrâneos) a troco de substituir o patronato na contribuição para uma entidade que