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Mostrando postagens de março, 2013

A extinção dos comentadores profissionais

O comentador encartado está a perder espaço. Pessoas presumivelmente cultas, versadas em agricultura, resíduos nucleares, política laociana e culinária estão a perder audiência para um novo género emergente de comentador: o político em pousio. Está nova espécie – basicamente ignorante de todas as matérias - tem, no entanto, um profundo e aturado conhecimento de uma coisa: a sua pessoa. É com base nos seus EGOS que são capazes de explicar o funcionamento do bosão de Higgins, os efeitos climatéricos da extinção da acácia rosa ou a razão da perfeição ergonómica da passada de H.Bolt. E isto só é possível por dois fenómenos: o batismo redentor e o fanatismo popular pelo imediato. O primeiro, dita a ressurreição, ou melhor, o renascimento do Homem. Livre dos pecados anteriores pela aceitação de uma nova fé, regressa revigorado e perdoado. Tal como um carro usado recauchutado pelas oficinas da marca, parece que nunca conheceu estrada. O seu hímen político parece intacto e impoluto,

De como a língua portuguesa requer um tratamento delicado e atento

Depois das contradições e angústias relacionadas com o Presidente da Câmara ou "de Câmara" que deu uma nova formatação ao cinismo político, querendo argumentar em áreas onde não é particularmente dotado (cresce a minha dúvida sobre as habilitações académicas de todo o povaréu frequentador dos lupanares partidários!) acordei hoje com o trocadilho fácil da notícia do DN: Banqueiro arguido por tráfico de influências Quantas derivações consegue-se extrair deste título?   Influência de banqueiro arguido por tráfico Tráfico de banqueiro arguido por influência Banqueiro de tráfico influencia aguido Arguido por tráfico influencia banqueiro Tráfico de arguido inflencia banqueiro Banqueiro influencia tráfico de arguido Arguido por influência de tráfico banqueiro   Divirtam-se!