Nestes últimos anos tem surgido uma nova estirpe de gente no panorama nacional: os super-heróis. Em tempos idos dos anos 80, o rústico palratório, o truão intimidador e o sobranceiro petulante arrogado em sumidade dominavam o panorama. Era o tempo do estilo cavaquista, gente que tinha resposta para todos os males de Portugal, do mundo e do condomínio em que viviam. Todavia, o tempo do tipo autoritário e retaliante passou. O estilo ora prevalecente é o comunicador. Gente sensível e educada que nos tenta explicar matérias de uma forma simplificada (tão simplificada que não percebemos nada!), revelando uma singela devoção e uma reiterada preocupação para que o povo entenda que "este é o único caminho / alternativa / política possível porque é aquela que temos de seguir alegremente e de forma agradecida por alguém ter esta preocupação" (a que chamaria maoismo light). Neste contexto de uma governação à bolina dos ventos da Comunicação Social surgem então os nossos super-heróis. Ge...
Opaco. Não é preto nem branco. Também não é cinzento. É algo que permite entrever (formas, silhuetas…). Percebe-se quando o movimento esta lá. Ao mesmo tempo não se sabe bem quem ou o que se move. A forma velada é sedutora e enganadora. Posso errar mas posso tentar. Lembra a infância, o bafo nas janelas das salas quentes quando chove lá fora. Identifica tudo aquilo que presumimos sem ter a certeza. É o avatar das nossas dúvidas!