Em entrevista a Constança Cunha e Sá, Manuela Ferreira Leite, líder do PSD, afirmou-se contra os casamentos homossexuais, não por ser contra a homossexualidade, não é assim tão retrógrada, afirmou, mas porque o casamento é uma instituição que tem em vista a procriação o que entre pessoas do mesmo sexo não é (pelo menos por ora) possível. Boa desculpa, mas, por acaso alguém proibe os casais inférteis de casar? Esses podem adoptar, dirá a senhora, mas, porque não podem os homossexuais? Não é necessário sequer ser casal para adoptar, uma pessoa só pode fazê-lo. E se o Estado não tem nada, nem nenhum de nós, com opções sexuais e familiares lícitas, porquê impedir que estejam em pé de igualdade com as opções mais comuns? Porque há-de o Estado impedir uma pretensão que nada tem de ilegítimo? E porque não hão-de poder adoptar casais homossexuais? Em quê que a orientação sexual colide com a educação de uma criança? Já vai sendo tempo de dar esse passo.
Resumindo tudo e contra a corrente de louvor papal, o ano de 2013 teve como figura principal o conflito e poderia ser retratado por um jovem mascarado a atirar pedras contra a polícia. Nunca como em nenhum outro ano a contenção policial foi necessária perante a ordem de injustiças, desigualdades, nepotismos, etc., etc. etc. Os Estados deixaram de representar os povos, as nações estão a ser desmontadas e os grandes interesses financeiros instalam-se com uma linguagem musculada sobre o mundo, definido as barreiras dos que tem e dos que estão excluídos deste novo mundo que se desenha, ficando ainda umas réstias por eliminar mas que se mantem enquanto necessárias. Neste mundo conturbado onde grandes interesses se disfarçam, de Estado (Rússia, China ou Coreia, por exemplo) e onde o Estado foi substituído por interesses específicos de natureza transnacional (Portugal, Grécia ou Itália) ou aqueles em que o Estado é uma fachada de recurso (EUA) para interesses particulares. A dívida, a crise,...
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