Após assistirmos nestes últimos dias a mais um acrescento no número de mortes no Afeganistão, Iraque e Paquistão a somar a tantos outros, voltamos a reflectir sobre uma guerra que não faz sentido na sua essência.
Estados Unidos
1.Os Estados Unidos invadiram o Iraque por ganância apenas. A luta contra o terrorismo foi uma invenção macabra cujos argumentos alicerçados no 11 de Setembro ainda estão por averiguar verdadeiramente.
Depois de bombardear e invadir o Iraque, concluiu-se que a política de ocupação e controle do território era impraticável do ponto de vista económico, logístico e militar. Surge então a necessidade de “devolver o Iraque aos iraquianos”, mediante a fabricação de uma Democracia de valores incertos que não resolve o verdadeiro problema: 5 etnias e 74 tribos.
Este condicionamento sociológico, que leva a fragilidade de alianças e lógicas ocidentais, foi construído durante séculos, entre invasões, ocupações, alianças e traições.
Esta arrogância ocidental que faz supor que os povos preferem ser “libertados” de um tirano para viver no caos é de uma inconsistência atroz. De resto, os pressupostos da invasão não resultaram em nenhum factor de compensação: vivem pior, as infra-estruturas lenta e gradualmente recuperam, o trabalho escasseia e a insegurança mantém-se. Os seus invasores remeteram-se a áreas “bunker” à espera de ir embora. O povo iraquiano constata que o único plano Marshall se orientou para a indústria do petróleo.
O resultado levará a uma democracia frágil, corrupta e manipulável e provavelmente impraticável porque a lógica de organização passa por intermináveis questões de “família” que a não serem compostas levarão a uma crença de que todos os actos de violência cometidos tenham a Al-Qaeda como motor.
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