3. O Paquistão representa, do meu ponto de vista, o maior perigo nuclear da zona.
A instabilidade política e o nuclear são coisas a todos os níveis indesejáveis.
Tal como os anteriores países, o Paquistão possui diferentes etnias e tribos que se confundem em ambos os lados da fronteira. É através do Paquistão que o terrorismo progride, muito mais do que por via do Afeganistão. E porque as relações de poder são fluidas, complexas e radicadas em assuntos de clã, a corrupção e os negócios pouco claros atravessam a sociedade em todas as direcções. Ministérios apoiam grupos terroristas, outros a troco de fidelidade ganham espaço no tráfico de armas e heroína, outros facturam percentagem nos raptos e homicídios. E em meio a este incontrolável turbilhão suspenso de uma forma precária, mantém meios de dissuasão nuclear.
Esta tolerância americana com um país caótico
Depois, há as ajudas Ocidentais que desaparecem logo que aterram
Tal como no Iraque, a esperança vã no investimento económico massivo alienou a sociedade civil, ficando apenas pelos assuntos do armamento e se algum apoio existiu direccionado para as populações, rapidamente se converteu em casas de luxo ou contas na Suíça.
O desequilíbrio caótico provocado pelas influências divergentes leva a crer que não terminaremos a década sem uma guerra civil porque a única coisa que poderia alicerçar e dar coerência ao Paquistão é aquilo que se combate: a religião e o seu modelo social.
Os três países são portanto um beco sem saída a nível político e militar.
Haverá outros caminhos?
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