Drifting among glasses
In the gregarious smoke.
How culpable was he
That last night when he broke
Our tribe's complicity?
'Now, you're supposed to be
An educated man,'
I hear him say. 'Puzzle me
The right answer to that one.'
Seamus Heaney - Casualty
Independentemente do resultado do referendo ao Tratado de Lisboa realizado na Irlanda, fica a noção objectiva do que ele representa: algo próximo da Cabala. Um maço de papéis pouco motivador, de consulta e digestão impossível. Por isso mesmo susceptível de desconfiança ao cidadão médio.
Acredito que os irlandeses não tenham lido o Tratado e que possuam apenas umas linhas gerais sobre o seu conteúdo na melhor das hipóteses. Tal como 99% dos europeus.
O Não está identificado com uma faixa conservadora, nacionalista, com a esquerda, com movimentos populares e organizações anti-globalização. O Sim está com os liberais, o capitalismo europeu e mundial, com a extrema-direita (o sonho hitleriano do III Reich!) e todo o aparelho kafkiano da União Europeia.
Conhecendo um lado e outro, como diz (também!) Mário Lino: “É fazer as contas!”
Nota: Não posso deixar de referir o respeito que o povo irlandês merece. Uma pequena nação (nem 10 milhões tem!), uma economia relevante mas sem exageros, um povo que é em si a sua tradição, não abdicando dos seus costumes a troco de modernidades parvas e que para além disso nunca dobrou a espinha a um vizinho poderoso e invasor. Alguém gostaria de se rever no exemplo?
In the gregarious smoke.
How culpable was he
That last night when he broke
Our tribe's complicity?
'Now, you're supposed to be
An educated man,'
I hear him say. 'Puzzle me
The right answer to that one.'
Seamus Heaney - Casualty
Independentemente do resultado do referendo ao Tratado de Lisboa realizado na Irlanda, fica a noção objectiva do que ele representa: algo próximo da Cabala. Um maço de papéis pouco motivador, de consulta e digestão impossível. Por isso mesmo susceptível de desconfiança ao cidadão médio.
Acredito que os irlandeses não tenham lido o Tratado e que possuam apenas umas linhas gerais sobre o seu conteúdo na melhor das hipóteses. Tal como 99% dos europeus.
O Não está identificado com uma faixa conservadora, nacionalista, com a esquerda, com movimentos populares e organizações anti-globalização. O Sim está com os liberais, o capitalismo europeu e mundial, com a extrema-direita (o sonho hitleriano do III Reich!) e todo o aparelho kafkiano da União Europeia.
Conhecendo um lado e outro, como diz (também!) Mário Lino: “É fazer as contas!”
Nota: Não posso deixar de referir o respeito que o povo irlandês merece. Uma pequena nação (nem 10 milhões tem!), uma economia relevante mas sem exageros, um povo que é em si a sua tradição, não abdicando dos seus costumes a troco de modernidades parvas e que para além disso nunca dobrou a espinha a um vizinho poderoso e invasor. Alguém gostaria de se rever no exemplo?
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