O afastamento de 10 dirigentes da Função Pública e o documento de gestão por objectivos numa esquadra da PSP, onde se apontam o número de detenções a realizar até o fim do ano, revelam algo que já se supunha: se não é mensurável não interessa ao governo. A obsessão numérica vem de onde? Da necessidade de demonstração da "eficácia" das medidas tomadas. Por via de que? Da estatística. Entre que termos de comparação? Entre os dados do governo e...os dados do governo. Nos últimos 3 anos, o afã com que se dedicaram a avaliação quantitativa, o tempo gasto em todo este processo (tempo de formação; aplicação; contestação; pressão e coação para a efectivação, aplicação relutante de métodos incoerentes e contraditórios visando unicamente o insucesso do avaliado para que não existam subidas de escalões nem excelência dos serviços, tudo isso em prazos absurdos e precipitados) deve ter baixado a produtividade dos serviços em pelo menos um terço. Já não se fala de trabalho, fala-se de como...
Opaco. Não é preto nem branco. Também não é cinzento. É algo que permite entrever (formas, silhuetas…). Percebe-se quando o movimento esta lá. Ao mesmo tempo não se sabe bem quem ou o que se move. A forma velada é sedutora e enganadora. Posso errar mas posso tentar. Lembra a infância, o bafo nas janelas das salas quentes quando chove lá fora. Identifica tudo aquilo que presumimos sem ter a certeza. É o avatar das nossas dúvidas!