Tenho tentado escusar-me a comentar o nascimento de mais um processo judicial e de toda a especulação mediática à sua volta. Tal como muitas pessoas do país, passei soberanamente por cima de mais este caso nacional. Estou, como muitos cidadãos que tem mais de fazer na vida, farto e exausto de um modelo de Justiça que se esconde atrás de uma imensa burocratização, a arrogar uma pretensa defesa do cidadão (e que mais não é do que uma forma de emperrar o aparelho para que nada se produza de concreto nem para um lado nem para o outro). Nos últimos 12 anos houve processos envolvendo figuras mais ou menos visíveis da sociedade cujo resultado final é pior do que zero: é o não ter resultado, nem culpa nem inocência: um limbo. Todo o sistema contribuiu para o atolamento da verdade e se configura como algo onde falta coragem, saber e subordinação a interesses corporativos e políticos impera. É por onde vemos a Democracia a ruir. Daí que o cidadão médio já não ligue a suspeitas, processos e liti...
Opaco. Não é preto nem branco. Também não é cinzento. É algo que permite entrever (formas, silhuetas…). Percebe-se quando o movimento esta lá. Ao mesmo tempo não se sabe bem quem ou o que se move. A forma velada é sedutora e enganadora. Posso errar mas posso tentar. Lembra a infância, o bafo nas janelas das salas quentes quando chove lá fora. Identifica tudo aquilo que presumimos sem ter a certeza. É o avatar das nossas dúvidas!