De como a resposta curta e grossa é uma necessidade nacional ou o apoio inequívoco a posição de Miguel Lobo Antunes
“ Um director de teatro não deve saber nada de economia para que não se deixe contaminar por esse discurso que se pega a nós e dificilmente dele nos conseguimos libertar.” Com esta frase lapidar Miguel Lobo Antunes destruiu um anátema que paira sobre a cultura nestes últimos tempos. A obsessão gestionária que assola o país, cercado por estranhos métodos estatísticos de avaliação de eficácia, produtividade e comparação de resultados absurdos entre realidades distintas pode enganar a todos por algum tempo mas cai por terra quando falamos de uma realidade imaterial denominada arte. Actualmente, as constantes avaliações que imberbes gestores plantam no cenário da sociedade, atirando números, rácios e valores padrão que vão desde a avaliação do tempo de prestação de consultas médicas até o custo/benefício de um serviço que atende um número reduzido de pessoas (por exemplo, idosos) e que, fruto deste desiderato deve fechar, obrigando os utentes a dirigir-se a outros espaços (a 20/30 km do lo...