Quando escrevi sobre “ Os cinco cenários da economia mundial após a crise dos mercados ” apontava para um conjunto de circunstâncias que envolveria a resposta ou não resposta dos Estados à crise e presumia sempre um Estado activo na construção política. Com boas ou más decisões, o modelo tinha por ponto de partida um Estado pró-activo ou reactivo, capaz de encetar medidas comuns à escala mundial e regional mesmo que em tempos diferentes ou isoladas. No pior cenário a construção assumia um modelo de execuções dispersas. Não contei com o cenário da inacção dos Estados, mea culpa . Assumi sempre que a política poderia jogar um papel de relevo, mesmo que encetando acções inequivocamente favoráveis a manutenção de um sistema morto. A inacção dos Estados (do Estado português em particular) corresponde não a uma surpresa mas sim a uma preocupação efectiva. Em primeiro lugar porque o modelo de recuperação assenta na evidência da sua falta de envolvimento na estrutura do país. O Estado portu...
Opaco. Não é preto nem branco. Também não é cinzento. É algo que permite entrever (formas, silhuetas…). Percebe-se quando o movimento esta lá. Ao mesmo tempo não se sabe bem quem ou o que se move. A forma velada é sedutora e enganadora. Posso errar mas posso tentar. Lembra a infância, o bafo nas janelas das salas quentes quando chove lá fora. Identifica tudo aquilo que presumimos sem ter a certeza. É o avatar das nossas dúvidas!