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Mostrando postagens de janeiro, 2010

Uma opaca questão

A solidariedade com o Haiti tem motivado mal estar entre alguns países . Primeiro o Brasil e agora a França questionaram o real interesse dos Estados Unidos na forma como a ajuda e o acesso a este país desfeito se tem verificado. Pergunto: Será que o Haiti, daqui a uma década, não se tornará mais uma estrelinha da bandeira?

Família do Sec. XXI

Voltando ao tema que a Helena abordou em post recente e sem querer fazer concorrência, importa reflectir um pouco do que é isso da família nos dias que vivemos. A família enquanto instituição começou a mudar a partir dos anos 50, acelerou as mudanças nos 60 e a partir daí começou a sofrer configurações diferenciadas de forma embrionária (e não aceites no contexto da estrutura normalizadora) que foram ganhando solidez no final do Sec. XX. Actualmente a Família do século passado, fundamentada numa patente religiosa (casal hetero com prole originária de um amor fundamentado na procriação) existe de uma forma residual em alguns países Ocidentais e em outros cuja influência da Igreja e a Pobreza se manifestam de forma mais ostensiva. Não estou a fazer nenhum juízo de valor. Apenas constatações! Trata-se de um modelo de Família que sofrem o mesmo problema dos Pandas: enquanto existir o seu alimento específico (a instituição religiosa) existirá como um fenómeno raro e em vias de extinção.

Miep Gies morreu mas deu vida a Anne Frank.

Viver 100 anos é uma teimosia mas quem resiste à intolerância tem estas manias. De tudo o que vem hoje no Público, o que mais me tocou foi a simplicidade da expressão sobre a ocultação da família de Frank: “ Eles estavam indefesos, não sabiam para onde se virar…Cumprimos as nossas obrigações enquanto seres humanos: ajudámos pessoas em dificuldades!” A simplicidade é uma coisa sublime!

Hibakusha

Este é o nome que os japoneses dão a quem sobreviveu ao ataque nuclear em Hiroxima e Nagasaki. Hoje morreu o último sobrevivente oficial, Tsutomu Yamaguchi, com 93 anos. Foi um dos 34 duplos hibakushas (presenciaram em ambos os locais nos dias das detonações) que existiram. Toda a sua vida foi condicionada por inúmeros problemas de saúde que evito enumerar por razões óbvias. Em 2006 publica um livro sobre esta experiência, protagonizando também um documentário e recebe o seu primeiro passaporte para fazer conferencias onde explica que a bomba atómica não se justifica, nem para acabar com uma guerra. Em 1945, 220.000 pessoas foram chacinadas num ápice e talvez o dobro tenha desaparecido nos anos que se seguiram. Desaparecidas as razões de tensão nos anos 80, nem por isso os arsenais tiveram uma redução significativa. Pelo contrário, a ambição de inúmeras nações de disporem de meios de dissuasão neste momento lança a dúvida de quantos países possuem armamento nuclear e em que quantidad

Precisa-se uma revolução na Família

Segundo os sábios educadores de Nampula, Moçambique, "É preciso toda a aldeia para educar uma criança". De facto a socialização exige uma integração saudável na comunidade que, começa mas não se limita à família. E é interessante reflectir sobre isto numa altura em que em que se vive uma alteração do conceito de família, cada vez mais baseada na família nuclear, na família dividida e monoparental acrescentando-se que a legislação já reconhece outras famílias. Curiosamente, ou não, a verdade é que em relação ao assunto família o modelo par, pai e mãe, ainda não foi ultrapassado. Assim mesmo que sejam do mesmo sexo insiste-se neste modelo mesmo quando não apoiado pela biologia e recusando modelos mais alargados. Não vejo porque tenha de ser assim, na verdade, uma coisa é de momento certa, para gerar um ser novo é preciso masculino e feminino, ponto. Se esses não são um casal, pois a biologia pouco se importa com o caso. Então porque não alargar mais a família, porquê um casal e