Pular para o conteúdo principal

Vitor Gaspar e o Biggest Looser

Já que interrompi as férias para falar da TSU, resolvi acrescentar um post sobre este tema tão decisivo no Verão que é a obesidade. Sim, essa, a do excesso de gorduras, daquelas que não nos abandonam.
Constou-me que o ilustríssimo MF (Ministro das Finanças) iria apresentar qualquer coisa hoje de manhã, em clara concorrência ao que escrevo. Mas afinal não. Ele falou apenas de impostos e não de emagrecimento do Estado.
Mas a sua comunicação mostra também alguma preocupação com as nossas gorduras, uma vez que a subida entre 15€/25€ na fatura da luz e gás provocada pelo pior movimento inflacionário do país (a tributação fiscal), reflectir-se-á algures no assado dos Domingos.
Como afinal o MF só trata de tributação fiscal e cortes nos salários e não na imperturbável máquina do Estado (sobretudo este Estado residente em Lisboa, balofíssimo e imóvel) posso então – sem receio de concorrência desleal – falar desta grande preocupação estética.

Socorrendo-me de um texto que encontrei por acaso, da lavra do Dr. José Carlos Santiago, no seu site http://sacrocraniana.no.sapo.pt/obesidade.html  e a quem desde logo peço desculpa pelo uso e pelo fato de me servir dele para falar do distinto fenómeno da outra obesidade que, pelos vistos, carece de uma compreensão semelhante.
Neste texto encontrei uma visão sábia e esclarecida sobre as gorduras a mais (as das pessoas e as do Estado) pelo que transcrevo descaradamente e na integra as sábias palavras do Dr. Santiago em itálico. Destaco ainda em sublinhado aquilo que considero lapidar e incontornável e que o nosso MF deveria, o mais rapidamente possível, apreender com este valioso e clarividente médico.

A obesidade afecta cada vez mais cada um de nós.

Para a combater surgem todos os dias soluções milagrosas nas quais se acaba por gastar muito dinheiro para se chegar ao fim com poucos ou nenhuns resultados.

Mais, muitas das vezes passados poucos meses reparamos que temos mais 2 a 5 quilos do que tínhamos antes de termos seguido a tal solução milagrosa.

Resumindo, se de facto fosse uma boa solução já muita gente a teria seguido e a obesidade estaria em extinção e não em crescimento.

Se as coisas não funcionam é porque existe algo que não está bem quer com a pessoa quer com aquilo que é suposto tratar da obesidade. Houve algo que falhou.

Hoje em dia costuma optar-se pela lipo-aspiração, lipo-escultura, aneis no estômago, corte do estômago e muitas outras soluções que aparentemente vão resolver o problema.
O problema pode ficar resolvido mas as causas, essas continuam em discussão e sem um consenso generalizado.

A pergunta que nunca ninguém faz e parece não se preocupar em fazer é; Porquê o corpo fica obeso?

Se o soubessem, aí sim, poder-se-ia trabalhar e encontrar uma solução.

A principal razão das soluções milagrosas (pílulas, chás, cremes, dietas, ginásio, etc.) não funcionarem ou a razão de passado algum tempo a pessoa voltar ao peso que tinha antes (e ainda acabar com mais algum) deve-se a não se resolver as causas que levam o corpo a ficar com excesso de peso.

Uma vez que não existe uma solução milagrosa, isso significa que ainda não se sabe qual a verdadeira razão pela qual o corpo fica obeso.

Tanto quanto posso saber pela experiência que tenho, existem muitos factores que levam o corpo a ficar obeso.

O problema é conseguir determinar qual ou quais os factores que o levam a ficar obeso.

Algumas situações que levam o corpo a ficar obeso são:

Dietas, ou melhor más dietas. Cerca de 70 a 80 % das dietas que por aí circulam, são más dietas. Ou seja, são mais prejudiciais do que benéficas. Os resultados costumam ser 2 a 5 quilos a mais, ao fim de 6 meses a 1 ano;

• Depressões; Maior susceptibilidade e variações de humor;

• Problemas hormonais ou orgânicos passados alguns anos e outros. Não pense que só porque agora se sente bem, você se vai sentir assim para o resto da vida. Os erros pagam-se, e pagam-se caro. Não agora, mas normalmente anos mais tarde quando já nos esquecemos destas coisas.

• Má alimentação ou melhor uma alimentação errada. Come-se o que não se deve e não se come o que se deve.

• Exercício físico. Pois é, se bem que o exercício físico seja excelente para a saúde, ele também pode ser bastante prejudicial se mal feito ou se acompanhado por uma dieta que não fornece os ingredientes necessários ao corpo. Cada vez mais a nossa alimentação é pobre em nutrientes essenciais mas rica em pesticidas, fungicidas, herbicidas, e outros idas. Desta forma não nos estamos a alimentar mas sim a matar. (Compete a cada pessoa saber aquilo que deseja e lutar por aquilo que é melhor para si).

Existência de demasiadas substâncias tóxicas dentro do corpo. Se o corpo está intoxicado, ele não vai funcionar nas melhores condições e assim não pode impedir a obesidade de se instalar.

• Existência de alterações hormonais que alteram o funcionamento do corpo e o levam à obesidade.

• Problemas emocionais que alteram por completo todo o funcionamento orgânico. É sabido que os problemas emocionais alteram a química do cérebro e que é este que controla todo o funcionamento do corpo. Assim, de nada serve tentar emagrecer enquanto não se resolverem os problemas emocionais.

Mau funcionamento de alguns órgãos vitais o que impede a boa eliminação de toxinas, ou a queima das gorduras ou que alteram o metabolismo do corpo.

Estas e muitas outras situações contribuem para que a obesidade se tenha vindo a instalar na sociedade. Claro que à conta da obesidade floresce um grande negócio e circulam muitas inverdades.
Não vá em cantigas e desconfie daqueles que lhe dizem ter a solução milagrosa. Veja se eles de facto sabem daquilo que estão a falar.

Claro que eu ainda não tenho a tal solução milagrosa mas depois de ter visto muitas coisas, tenho vindo a compreender cada vez mais o funcionamento do corpo e as razões pelas quais ele não funciona nas melhores condições.

Se se quer obter resultados com o corpo, há que compreender como ele funciona e aquilo que ele precisa para funcionar. Só uma abordagem integrada com várias técnicas consegue obter os melhores resultados.

No entanto não é só por se usarem várias técnicas que se obtêm resultados, mas sim por se aplicarem as técnicas e terapias mais indicadas para a pessoa – e para isso é preciso conhecê-la.































Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dos governos minoritários e maiorias absolutistas

Na óptica dos partidos mais votados em Portugal, a governação em situação minoritária ou de coligação é inviável. A ideia de um pequeno partido poder influenciar, propor e monitorar o comportamento aberrante dos partidos centrais é uma situação intolerável para estas máquinas de colocação de militantes e de controlo de investimentos privados. Acenam com o caos, a ingovernabilidade e o piorar da situação do país. Esquecem que o país caminhou para o fundo do abismo pela mão de ambos. Não por uma inépcia ou incapacidade das suas figuras, mas por dependência de quem os financia, de quem os povoa e da impossível subversão ao sistema corporativo vigente. Sócrates afrontou algumas destas entidades instaladas e vive a antropofagia quotidiana dos jornais e televisões e – vejam lá – ele não é um perigoso extremista, até porque o seu partido chutou soberanamente João Cravinho para canto, mais os seus amoques contra a corrupção. Se a memória não me falha Ferreira Leite foi a Ministra que teve a pe

Balanço e Contas: 2 anos de governação

Ao fim de 2 exaustivos anos de governação importa fazer uma reflexão não sobre os atos do governo mas sim sobre o comportamento da sociedade em geral relativamente ao que se está a passar. Para faze-lo, importa ter presente algumas premissas que a comunicação social e as pessoas em geral insistem em negligenciar e a fingir ignorantemente que não são as traves mestras do comportamento governativo: 1. Este governo não governa para os portugueses nem para os seus eleitores; 2. Este governo não pretende implementar qualquer modelo económico. Pretende apenas criar a rutura necessária à implantação de um; 3. A sua intervenção orienta-se por uma falsa perceção de que a sociedade portuguesa entrou em rutura com o socialismo e as conquistas sociais do 25 de Abril; 4. Para agradar credores e cair no goto do sistema financeiro que irá propiciar empregos futuros a quem for mais bandalho com o seu país, usou o medo para tornar a mudança incontornável, culpando e responsabilizan