Pular para o conteúdo principal

O “cisma grisalho” e o restaurador Olex



O que encanta em Portas é o grau de demagogia com que nos brinda a cada messiânico discurso.

A expressão marcante do seu discurso (há muitas, mas esta é o must!) o “cisma grisalho remete-nos para uma teologia com problemas de próstata, o marcante referencial da separação da fé por modalidades em relação direta com a miopia dos argumentos!
 
Portas coloca uma barreira onde ela, de fato, não existe. Podemos ficar grisalhos aos 30 ou 40 anos, podemos chegar aos 80 sem fio de cabelo ou usar peruca! Se o “cisma” tem como referencial a “situação” da pessoa (reformado) teremos que contabilizar o largo cadastro institucional dos precocemente inúteis, deputados e demais políticos que após uma exaustiva contribuição para o país (em média uns 12 anitos!) conseguem sacar um arrimo que conforte o insubstituível e dedicado trabalho público de enterramento da nação. Estes precocemente reumáticos são um encargo que é preciso proteger, erguendo barricadas de ameaças falsas para que a nação perceba que não há limites para se regressar à selva!

E porque a idade avança e a gente deixa de distinguir o palhaço da marionete, resta-nos “enganar” o tempo, hábito tão velho como a prostituição, este ritual de perpetuar o tempo em que parecemos especiais, cuidando da nossa imagem e evitando parecer o que não somos.



De tudo isso, Portas já não precisa de pintar o cabelo porque descobriram-lhe a careca!

http://www.youtube.com/watch?v=kIqwYJrhY3I

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dos governos minoritários e maiorias absolutistas

Na óptica dos partidos mais votados em Portugal, a governação em situação minoritária ou de coligação é inviável. A ideia de um pequeno partido poder influenciar, propor e monitorar o comportamento aberrante dos partidos centrais é uma situação intolerável para estas máquinas de colocação de militantes e de controlo de investimentos privados. Acenam com o caos, a ingovernabilidade e o piorar da situação do país. Esquecem que o país caminhou para o fundo do abismo pela mão de ambos. Não por uma inépcia ou incapacidade das suas figuras, mas por dependência de quem os financia, de quem os povoa e da impossível subversão ao sistema corporativo vigente. Sócrates afrontou algumas destas entidades instaladas e vive a antropofagia quotidiana dos jornais e televisões e – vejam lá – ele não é um perigoso extremista, até porque o seu partido chutou soberanamente João Cravinho para canto, mais os seus amoques contra a corrupção. Se a memória não me falha Ferreira Leite foi a Ministra que teve a pe

Balanço e Contas: 2 anos de governação

Ao fim de 2 exaustivos anos de governação importa fazer uma reflexão não sobre os atos do governo mas sim sobre o comportamento da sociedade em geral relativamente ao que se está a passar. Para faze-lo, importa ter presente algumas premissas que a comunicação social e as pessoas em geral insistem em negligenciar e a fingir ignorantemente que não são as traves mestras do comportamento governativo: 1. Este governo não governa para os portugueses nem para os seus eleitores; 2. Este governo não pretende implementar qualquer modelo económico. Pretende apenas criar a rutura necessária à implantação de um; 3. A sua intervenção orienta-se por uma falsa perceção de que a sociedade portuguesa entrou em rutura com o socialismo e as conquistas sociais do 25 de Abril; 4. Para agradar credores e cair no goto do sistema financeiro que irá propiciar empregos futuros a quem for mais bandalho com o seu país, usou o medo para tornar a mudança incontornável, culpando e responsabilizan