http://www.rtp.pt/antena1/index.php?t=Entrevista-a-Miguel-Oliveira-da-Silva.rtp&article=5560&visual=11&tm=16&headline=13 Andei à procura dela mas as palavras eram escuras como breu! Nem de lanterna se vê ponta de ética na coisa. Vi apenas uma forma indistinta de sinalização burocrática (“É preciso que tudo fique escrito e seja claro, clarinho” entre médico, administração hospitalar e utente para o caso de alguém – presumimos o utente – queira consultar) e uma velada revelação de que tudo isso já se faz pelas piores razões algures no túnel do não regresso para onde a Troika nos arrasta. Estes olhos alcatroados com que percorro um caminho de perigos, ouço apenas a lapidar frase da indigestão: “Nem todos podem ter acesso a tudo sempre…” mesmo se descontaram neste pressuposto? Mesmo que as suas vidas dependam disso e não de um enquadramento protocolar, entremeado de tabelas, gráficos e análises ponderais? Percebo o critério técnico, não percebo o critério ético ...
Opaco. Não é preto nem branco. Também não é cinzento. É algo que permite entrever (formas, silhuetas…). Percebe-se quando o movimento esta lá. Ao mesmo tempo não se sabe bem quem ou o que se move. A forma velada é sedutora e enganadora. Posso errar mas posso tentar. Lembra a infância, o bafo nas janelas das salas quentes quando chove lá fora. Identifica tudo aquilo que presumimos sem ter a certeza. É o avatar das nossas dúvidas!