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Em prol da saúde pública

Um jornal de distribuição gratuita noticia hoje que o sexo faz bem. Divulga um estudo da Universidade de Bristol, publicado pela revista Psychology Today e classificado pelo seu autor como de interesse público, segundo o qual os homens que têm três, ou mais, orgasmos por semana vêm as suas probabilidades de vir a sofrer de uma doença coronária reduzidas em 50%. Explica-se que, sendo o coração um músculo, tem tudo a ganhar com a utilização exigente, e o sexo é uma actividade física e se praticada pelo menos três vezes por semana, será uma actividade física praticada com regularidade. Assim, explica a notícia que, se para uns será melhor correr meia hora numa passadeira, para outros, os que "têm a sorte de ter uma parceira disponível e colaborante", podem conseguir o mesmo resultado praticando uma "modalidade" muito mais compensadora mesmo a nível emocional - sim, toda a gente sabe que as passadeiras são pouco emotivas.
Realmente esclarecedor, não sei qual a vantagem para as parceiras disponíveis e colaborantes, quiçá mérito por participar em modalidade de interesse público, uma vez que as coronárias masculinas são mantidas nas melhores condições, o que trará enorme poupança de recursos aos sistemas de saúde. E depois, parceira disponível e colaborante é muito melhor do que passadeira, ou raquete, emocionalmente, claro. Que sorte!!!

Comentários

vinhas disse…
Cuidado com a expressão interesse publico! Nos tempos que correm, se alguém lê isso vem logo um regulamento por aí. Imagina a história. Os impotentes ou não praticantes poderiam ser penalizados com a saída do SNS, as parceiras (ainda não percebi se lhes faz bem a frequência!)ficariam afectas ao Ministério da Saúde (presume-se a recibo verde!) e seria criada uma comissão para estudar formas de desenvolver a afectividade das passadeiras, raquetes, etc.
Helena Henriques disse…
Ora Vinhas, ninguém pergunta às raquetes se o jogo as favorece... :D

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