1- Reduzir os gastos com a política: reduzir o número de efectivos da política quer no governo, quer na Assembleia. Medida de poupança que, embora aumentando o desemprego não configura nenhum flagelo e certamente ninguém verterá uma lágrima por estes trabalhadores.
2- Nomear pessoas competentes para os locais adequados: em vez da cunha política mais grotesca ou do compadrio mais deslavado, melhor seria que cada posto de gestão ou chefia fosse submetido ao melhor e mais adequado currículo, em lugar de satisfazer as confrarias ou de dar vazão a alguma necessidade de proteger alguém que meteu a “pata na poça” em outro lado.
3- Incorporar deveres mas também direitos: Deixarem de introduzir o que não interessa da Europa e passarem ao que realmente interessa: até agora é uma série de leis, transposições comunitárias, etc. tudo no sentido de nos tornar europeus adequados, politicamente correctos e limpinhos. Seria bom começarem a introduzir as que permitem uma verdadeira qualidade de vida. Ninguém quer saber das obrigações das companhias de aviação quando não tem protecção social adequada
4- Dignificar o trabalho: Não há aumento de produtividade em economias de subsistência: o povo português na sua maioria vive no medo de perder o emprego e deixar de poder pagar as contas porque os salários apenas dão para isso: pagar contas. Não há poupança, consumo ou investimento. E como a tendência é piorar, a produtividade baixará na mesma. Ninguém pode estar interessado na produtividade se não sabe como há de pagar a casa e por comida na mesa.
5- Dar Justiça a quem dela precisa: O acesso à Justiça ser igual para todos e não uma coutada de advogados capaz de fazer apelos e recursos a partir de qualquer migalha. Haver celeridade é importante mas a igualdade de acesso é fundamental. No limite, o Estado deveria ter o compromisso de que um processo, da queixa à decisão, não demorasse mais de 3 anos. Se ultrapassasse este tempo, o Estado começaria a pagar juros de mora às duas partes.
6- Resolução do problema da pobreza: não se compreende que num país tão pequeno e com tão pouca gente, 20% da população viva na pobreza. É, no mínimo, ignóbil. Pergunto-me se estas pessoas são esquecidas porque são “abstenção”…
7- Revisão nacional dos cadernos eleitorais supervisionados por uma entidade internacional: começo a achar muito estranho determinados valores em determinados locais do país. Acho que um novo recenseamento eleitoral começa a ser fundamental e como não nos podemos fiar nos políticos nacionais melhor será uma operação efectuada com uma supervisão isenta.
8- Separar definitivamente o Estado da Religião: o permanente dourar a pílula não chega. Portugal mudou. Ao cidadão deve ser concedido a liberdade civil de decidir e fazer as opções de vida que queira desde que não colida com direitos alheios. Apesar da falta de coragem em aprovar a Lei do Aborto a nível parlamentar lá passou em referendo e ainda bem. Faltam os direitos dos homossexuais, uma legislação que proteja a prostituição e os seus clientes, uma nova postura face às drogas leves para falar das mais óbvias.
9- Não matem o que falta de Portugal: por favor salvem os queijos, as tascas, as comidas e artesanatos locais que tanta riqueza e história contêm. Criem centros de formação, qualidade e certificação artesanal ao longo do país e cobrem os olhos da cara pelas coisas mais bonitas que se fazem na Europa e valorizem os artesãos ainda vivos, dêem-lhes condições de poderem ensinar. Salvem os vinhos, os doces regionais e o cerne da nossa agricultura que ainda nos vai fazer falta.
10- Construam políticas inclusivas em lugar de estradas e aeroportos: Portugal está a morrer porque o seu tecido humano perdeu a fé em tudo. As pessoas deixaram de ter significado. O interior está moribundo e não há política natalista ou petróleo que se descubra em Viseu que o ressuscite; nas cidades as famílias dispersam-se, a vida é cada vez mais um acto de sobrevivência individual. O cidadão deixou de ser valorizado e passou a ser uma coluna das receitas e despesas de alguém. Se a ideia é ter um espaço com belas auto-estradas, pontes e aeroportos, continuem. O lóbi da construção civil um dia pregará no deserto.
Vinhas
2- Nomear pessoas competentes para os locais adequados: em vez da cunha política mais grotesca ou do compadrio mais deslavado, melhor seria que cada posto de gestão ou chefia fosse submetido ao melhor e mais adequado currículo, em lugar de satisfazer as confrarias ou de dar vazão a alguma necessidade de proteger alguém que meteu a “pata na poça” em outro lado.
3- Incorporar deveres mas também direitos: Deixarem de introduzir o que não interessa da Europa e passarem ao que realmente interessa: até agora é uma série de leis, transposições comunitárias, etc. tudo no sentido de nos tornar europeus adequados, politicamente correctos e limpinhos. Seria bom começarem a introduzir as que permitem uma verdadeira qualidade de vida. Ninguém quer saber das obrigações das companhias de aviação quando não tem protecção social adequada
4- Dignificar o trabalho: Não há aumento de produtividade em economias de subsistência: o povo português na sua maioria vive no medo de perder o emprego e deixar de poder pagar as contas porque os salários apenas dão para isso: pagar contas. Não há poupança, consumo ou investimento. E como a tendência é piorar, a produtividade baixará na mesma. Ninguém pode estar interessado na produtividade se não sabe como há de pagar a casa e por comida na mesa.
5- Dar Justiça a quem dela precisa: O acesso à Justiça ser igual para todos e não uma coutada de advogados capaz de fazer apelos e recursos a partir de qualquer migalha. Haver celeridade é importante mas a igualdade de acesso é fundamental. No limite, o Estado deveria ter o compromisso de que um processo, da queixa à decisão, não demorasse mais de 3 anos. Se ultrapassasse este tempo, o Estado começaria a pagar juros de mora às duas partes.
6- Resolução do problema da pobreza: não se compreende que num país tão pequeno e com tão pouca gente, 20% da população viva na pobreza. É, no mínimo, ignóbil. Pergunto-me se estas pessoas são esquecidas porque são “abstenção”…
7- Revisão nacional dos cadernos eleitorais supervisionados por uma entidade internacional: começo a achar muito estranho determinados valores em determinados locais do país. Acho que um novo recenseamento eleitoral começa a ser fundamental e como não nos podemos fiar nos políticos nacionais melhor será uma operação efectuada com uma supervisão isenta.
8- Separar definitivamente o Estado da Religião: o permanente dourar a pílula não chega. Portugal mudou. Ao cidadão deve ser concedido a liberdade civil de decidir e fazer as opções de vida que queira desde que não colida com direitos alheios. Apesar da falta de coragem em aprovar a Lei do Aborto a nível parlamentar lá passou em referendo e ainda bem. Faltam os direitos dos homossexuais, uma legislação que proteja a prostituição e os seus clientes, uma nova postura face às drogas leves para falar das mais óbvias.
9- Não matem o que falta de Portugal: por favor salvem os queijos, as tascas, as comidas e artesanatos locais que tanta riqueza e história contêm. Criem centros de formação, qualidade e certificação artesanal ao longo do país e cobrem os olhos da cara pelas coisas mais bonitas que se fazem na Europa e valorizem os artesãos ainda vivos, dêem-lhes condições de poderem ensinar. Salvem os vinhos, os doces regionais e o cerne da nossa agricultura que ainda nos vai fazer falta.
10- Construam políticas inclusivas em lugar de estradas e aeroportos: Portugal está a morrer porque o seu tecido humano perdeu a fé em tudo. As pessoas deixaram de ter significado. O interior está moribundo e não há política natalista ou petróleo que se descubra em Viseu que o ressuscite; nas cidades as famílias dispersam-se, a vida é cada vez mais um acto de sobrevivência individual. O cidadão deixou de ser valorizado e passou a ser uma coluna das receitas e despesas de alguém. Se a ideia é ter um espaço com belas auto-estradas, pontes e aeroportos, continuem. O lóbi da construção civil um dia pregará no deserto.
Vinhas
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Boa vinhas