Por muito empírico que possa parecer, tenho a crença de que todos os males da humanidade radicam em três vertentes específicas:
Desigualdade da distribuição da riqueza
Divergência na construção dos valores fundamentais
Intolerância face as diferenças entre os povos
A interacção entre eles e a sua reciprocidade explicam em larga medida os flagelos a que assistimos nos últimos 10.000 anos.
Nunca nos separaremos da nossa condição animal enquanto não invertermos a lógica do darwinismo. A solidariedade e o equilíbrio na relação com o próximo representa uma evolução da espécie proporcionada pela racionalidade e esforço critico humano. Esta libertação teve início com as religiões; depois, no conhecimento e na lei pela percepção de que as injustiças devem ser corrigidas; por fim, a revelação científica de que as desigualdades são motor de conflito e que a partição e gestão de recursos são a única forma de salvar o planeta através da retracção das sociedades da abundância, do consumo descontrolado e da necessidade das nações mais pobres poderem realizar um crescimento sustentado.
As diferenças culturais, religiosas e organizacionais não representam algo negativo. Há factores que as explicam, desde culturais a ambientais. A evolução das sociedades surge dos conflitos insanáveis entre a evolução e a tradição e são inevitáveis.
Todavia, chegamos a um tempo decisivo. Um tempo definitivo em que não podemos voltar para trás. Com os recursos a escassear, a destruição generalizada do planeta e absurdamente a recuar no desenvolvimento humano, torna-se necessária a compreensão de que outro caminho deve ser traçado, diametralmente oposto ao até agora praticado. E não serão os líderes mundiais, eleitos ou não, a ditar a mudança. Terão de ser os povos a percorre-lo, desde a família à comunidade local, desde a região até o país e finalmente a comunidade internacional. Serão as armas da democracia (petição para implementação de leis, exigência de referendos, eleição de pessoas fora das órbitas partidárias até à desobediência civil) que devem impor esta mudança
São necessárias novas utopias e deverão ser os jovens a construi-las, com base no que a ciência e organizações independentes apontam em definitivo: a extinção de recursos vitais, as desigualdades sociais e o genocídio cultural de povos minoritários.
Para que essa utopia se desenvolva há que ter em conta alguns aspectos fundamentais: um novo modelo educacional voltado para o saber mas com valores por dentro. Uma educação que desde a base seja responsabilizante e comprometida com o planeta e com a humanidade; a inserção de uma nova visão das profissões e do seu exercício centrada nos valores fundamentais (do meu ponto de vista nenhum economista ou engenheiro deveria finalizar a sua formação sem que curricularmente tivesse uma cadeira de Mundividência ou Filosofia). Também o ócio improdutivo deveria ser convertido em trabalho para a comunidade (Não quero retirar a ninguém o direito de não fazer nada! Apenas penso que interiormente devemos dedicar algum tempo aos outros e ao que nos rodeia. Se cada cidadão dedicar um hora por semana à sua comunidade tal representaria um acréscimo de qualidade de vida geral de valor significativo!).
A necessidade de um compromisso global à volta das questões económicas. Recusa na compra de produtos sem certificação ambiental, rejeição de marcas que exploram mão-de-obra infantil ou emprego precário, eliminar o consumo de alimentos produzidos por grandes multinacionais que impõem a países em situação mais frágil a monocultura, etc.
Sobretudo, rejeitar uma globalização que não tenha em conta as pessoas e a necessidade de mudança estrutural da nossa forma de estar.
Desigualdade da distribuição da riqueza
Divergência na construção dos valores fundamentais
Intolerância face as diferenças entre os povos
A interacção entre eles e a sua reciprocidade explicam em larga medida os flagelos a que assistimos nos últimos 10.000 anos.
Nunca nos separaremos da nossa condição animal enquanto não invertermos a lógica do darwinismo. A solidariedade e o equilíbrio na relação com o próximo representa uma evolução da espécie proporcionada pela racionalidade e esforço critico humano. Esta libertação teve início com as religiões; depois, no conhecimento e na lei pela percepção de que as injustiças devem ser corrigidas; por fim, a revelação científica de que as desigualdades são motor de conflito e que a partição e gestão de recursos são a única forma de salvar o planeta através da retracção das sociedades da abundância, do consumo descontrolado e da necessidade das nações mais pobres poderem realizar um crescimento sustentado.
As diferenças culturais, religiosas e organizacionais não representam algo negativo. Há factores que as explicam, desde culturais a ambientais. A evolução das sociedades surge dos conflitos insanáveis entre a evolução e a tradição e são inevitáveis.
Todavia, chegamos a um tempo decisivo. Um tempo definitivo em que não podemos voltar para trás. Com os recursos a escassear, a destruição generalizada do planeta e absurdamente a recuar no desenvolvimento humano, torna-se necessária a compreensão de que outro caminho deve ser traçado, diametralmente oposto ao até agora praticado. E não serão os líderes mundiais, eleitos ou não, a ditar a mudança. Terão de ser os povos a percorre-lo, desde a família à comunidade local, desde a região até o país e finalmente a comunidade internacional. Serão as armas da democracia (petição para implementação de leis, exigência de referendos, eleição de pessoas fora das órbitas partidárias até à desobediência civil) que devem impor esta mudança
São necessárias novas utopias e deverão ser os jovens a construi-las, com base no que a ciência e organizações independentes apontam em definitivo: a extinção de recursos vitais, as desigualdades sociais e o genocídio cultural de povos minoritários.
Para que essa utopia se desenvolva há que ter em conta alguns aspectos fundamentais: um novo modelo educacional voltado para o saber mas com valores por dentro. Uma educação que desde a base seja responsabilizante e comprometida com o planeta e com a humanidade; a inserção de uma nova visão das profissões e do seu exercício centrada nos valores fundamentais (do meu ponto de vista nenhum economista ou engenheiro deveria finalizar a sua formação sem que curricularmente tivesse uma cadeira de Mundividência ou Filosofia). Também o ócio improdutivo deveria ser convertido em trabalho para a comunidade (Não quero retirar a ninguém o direito de não fazer nada! Apenas penso que interiormente devemos dedicar algum tempo aos outros e ao que nos rodeia. Se cada cidadão dedicar um hora por semana à sua comunidade tal representaria um acréscimo de qualidade de vida geral de valor significativo!).
A necessidade de um compromisso global à volta das questões económicas. Recusa na compra de produtos sem certificação ambiental, rejeição de marcas que exploram mão-de-obra infantil ou emprego precário, eliminar o consumo de alimentos produzidos por grandes multinacionais que impõem a países em situação mais frágil a monocultura, etc.
Sobretudo, rejeitar uma globalização que não tenha em conta as pessoas e a necessidade de mudança estrutural da nossa forma de estar.
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