Em entrevista a Constança Cunha e Sá, Manuela Ferreira Leite, líder do PSD, afirmou-se contra os casamentos homossexuais, não por ser contra a homossexualidade, não é assim tão retrógrada, afirmou, mas porque o casamento é uma instituição que tem em vista a procriação o que entre pessoas do mesmo sexo não é (pelo menos por ora) possível. Boa desculpa, mas, por acaso alguém proibe os casais inférteis de casar? Esses podem adoptar, dirá a senhora, mas, porque não podem os homossexuais? Não é necessário sequer ser casal para adoptar, uma pessoa só pode fazê-lo. E se o Estado não tem nada, nem nenhum de nós, com opções sexuais e familiares lícitas, porquê impedir que estejam em pé de igualdade com as opções mais comuns? Porque há-de o Estado impedir uma pretensão que nada tem de ilegítimo? E porque não hão-de poder adoptar casais homossexuais? Em quê que a orientação sexual colide com a educação de uma criança? Já vai sendo tempo de dar esse passo.
Na óptica dos partidos mais votados em Portugal, a governação em situação minoritária ou de coligação é inviável. A ideia de um pequeno partido poder influenciar, propor e monitorar o comportamento aberrante dos partidos centrais é uma situação intolerável para estas máquinas de colocação de militantes e de controlo de investimentos privados. Acenam com o caos, a ingovernabilidade e o piorar da situação do país. Esquecem que o país caminhou para o fundo do abismo pela mão de ambos. Não por uma inépcia ou incapacidade das suas figuras, mas por dependência de quem os financia, de quem os povoa e da impossível subversão ao sistema corporativo vigente. Sócrates afrontou algumas destas entidades instaladas e vive a antropofagia quotidiana dos jornais e televisões e – vejam lá – ele não é um perigoso extremista, até porque o seu partido chutou soberanamente João Cravinho para canto, mais os seus amoques contra a corrupção. Se a memória não me falha Ferreira Leite foi a Ministra que teve a pe
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