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O Trabalhador refém

Inaugura-se, após a entrevista do Ministro, uma nova forma de trabalho. Já temos o trabalho precário, mal remunerado, escravo, para os nascidos em berço de oiro e agora temos o trabalhador refém.
Refém das suas habilitações, do seu interesse e motivação e da sua qualificação.

Este funcionário que não pode passar a disponível como os outros porque interessa ao Estado. Sim, este mesmo. Encontra-se em sequestro.
Não pode ambicionar maior remuneração, reconhecimento ou formação. Aqui não há lei do Divórcio. Está casado e pronto!

Não importa que não seja reconhecido ou valorizado. Não importa que a sua função dependa de respostas de obscuros departamentos do Estado sedeados em Lisboa que nunca o contactam e nunca dão respostas ou recursos e cuja única preocupação é pedir estatísticas absurdas (geralmente de uma Quinta para Sexta-Feira!), deslocadas do real mas dentro da gestão por objectivos orientada de maneira tonta porque desvinculada do real (sim, o pais real, aquele que começa a seguir as portagens!).
Não importa quanto dedicaram ao serviço. São necessários e pronto!

No privado não é possível este tipo de algemas ou sequestro. Se interessa muito, a entidade patronal assedia intensamente com as armas que dispõe, sejam horários, remunerações, formação, etc.

De facto, só mesmo acreditando no milagre de Fátima!

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