Instalava-se o caos, a vida corria pacata, cada qual metido com a sua. Não podia ser. Poucas-vergonhas, depravação, magalhães a surfar publicamente no que devia ter uma gola alta, livros com obras de arte pouco púdicas na capa, escarrapachadas à vista de todos! O caos! Mas nada disto se vai realizar, a Brigada dos Bons Costumes voltou, omnipresente, anónima mas eficaz na sua eterna luta contra as poucas vergonhas, na defesa do recatamento e da vida direitinha limpinha, sensatinha. Eles estão aí. Cuidado senhoras com o tamanho da saia e do decote, brandos costumes exigem brandos decotes, pernas tapadas, cuidado artistas vejam bem que caminhos e pensamentos leva a vossa arte pensem nas públicas virtudes, no bom-senso, enfim.
Os companheiros do bom senso têm, com a crise, as respectivas vidinhas arrumadas, naturalmente, e na sua eterna disponibilidade e generosidade, querem agora arrumar as vidas alheias, só para ter tudo ordenadinho, bonitinho enfim. Como deve ser. E são tão generosos que não se mostram, não querem para si os louros de tão altruísta labuta. Podemos dormir os nossos pesadelos, eles aí estão a zelar por nós. Haja paciência e alguém lhes dê o que fazer.
Os companheiros do bom senso têm, com a crise, as respectivas vidinhas arrumadas, naturalmente, e na sua eterna disponibilidade e generosidade, querem agora arrumar as vidas alheias, só para ter tudo ordenadinho, bonitinho enfim. Como deve ser. E são tão generosos que não se mostram, não querem para si os louros de tão altruísta labuta. Podemos dormir os nossos pesadelos, eles aí estão a zelar por nós. Haja paciência e alguém lhes dê o que fazer.
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