Pular para o conteúdo principal

Bastava assumir um caso!

Anda meio mundo escandalizado com o Vaticano por causa das declarações do Bispo R. Williamson sobre o Holocausto ou a ausência do mesmo.
Entre o terror nazi e o ateísmo comunista, a igreja sempre preferiu o primeiro. A Igreja ao longo dos séculos deu cobertura à antipatia contra os judeus.
O que me choca verdadeiramente é a preocupação do Vaticano na sua “reintegração”, na exigência de reabilitação da imagem e das palavras como se, ao pronuncia-las, o homem deixasse de crer no que disse e no que provavelmente manter-se-á a pensar.
Negar o Holocausto (ao que parece o senhor contesta a utilização das câmaras de gás e os campos de extermínio – eram centros de detenção – não percebi, daquilo que pude ler e ver se ele acha que foram 3, 3.000 ou 3 milhões os chacinados) até é coisa pouca.
Para um homem da religião, o simples facto de um judeu -um único que seja- ter sido preso, humilhado e morto por razões que ultrapassam a compreensão de qualquer pessoa independentemente da sua cultura, formação e instinto básico de espécie, deveria ter a sua condenação e repudio intransigente.
Bastava-me um, apenas um.

Comentários

David disse…
ele no fundo o que queria dizer era que as camaras de gás era algo ecologico, não era para matar judeus. devia ser tipo energia eolica ou assim x)

Postagens mais visitadas deste blog

Dos governos minoritários e maiorias absolutistas

Na óptica dos partidos mais votados em Portugal, a governação em situação minoritária ou de coligação é inviável. A ideia de um pequeno partido poder influenciar, propor e monitorar o comportamento aberrante dos partidos centrais é uma situação intolerável para estas máquinas de colocação de militantes e de controlo de investimentos privados. Acenam com o caos, a ingovernabilidade e o piorar da situação do país. Esquecem que o país caminhou para o fundo do abismo pela mão de ambos. Não por uma inépcia ou incapacidade das suas figuras, mas por dependência de quem os financia, de quem os povoa e da impossível subversão ao sistema corporativo vigente. Sócrates afrontou algumas destas entidades instaladas e vive a antropofagia quotidiana dos jornais e televisões e – vejam lá – ele não é um perigoso extremista, até porque o seu partido chutou soberanamente João Cravinho para canto, mais os seus amoques contra a corrupção. Se a memória não me falha Ferreira Leite foi a Ministra que teve a pe

Balanço e Contas: 2 anos de governação

Ao fim de 2 exaustivos anos de governação importa fazer uma reflexão não sobre os atos do governo mas sim sobre o comportamento da sociedade em geral relativamente ao que se está a passar. Para faze-lo, importa ter presente algumas premissas que a comunicação social e as pessoas em geral insistem em negligenciar e a fingir ignorantemente que não são as traves mestras do comportamento governativo: 1. Este governo não governa para os portugueses nem para os seus eleitores; 2. Este governo não pretende implementar qualquer modelo económico. Pretende apenas criar a rutura necessária à implantação de um; 3. A sua intervenção orienta-se por uma falsa perceção de que a sociedade portuguesa entrou em rutura com o socialismo e as conquistas sociais do 25 de Abril; 4. Para agradar credores e cair no goto do sistema financeiro que irá propiciar empregos futuros a quem for mais bandalho com o seu país, usou o medo para tornar a mudança incontornável, culpando e responsabilizan