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«A homossexualidade não é normal», diz cardeal D. José Saraiva Martins Hoje às 06:23, na TSF

Concordo com o Cardeal.
Aliás, nada é normal hoje em dia.
Aparecem inúmeros casos de pedofilia na Igreja, o que não é normal. Homens de Deus, sempre a carregar o pesado fardo da moral que os outros têm de cumprir, a realizar práticas inconfessáveis com inocentes e crédulos jovens! Não, não é normal!

Também há a negação do Holocausto.
Não, não é normal. Mesmo nada.
Que o responsável máximo do Irão o diga, só para chatear Israel, eu percebo. No fundo, nem ele acreditará nisso. Mas um homem do clero, um pregador do perdão e da humildade negar que houve – vá lá – um pequeno acidente que envolveu três milhões de unidades parece-me pouco…sei lá, católico?

Já não falo da proximidade do Vaticano ao Nazismo e de como o anti-semitismo até foi uma ideia jeitosa dos rapazes da suástica! E dos padres que prestavam saudação nazi, e da orgia entre Estado Novo e a Igreja e por aí a fora.
Isso são minudências.

E há os casamentos com muçulmanos (aliás ideia reiterada nesta entrevista) esta gente ainda mais perigosa que os judeus. Estes têm dois modelos: os bons e os maus. Os dialogantes e os que se calhar já estão, como eu, sem paciência para ouvir estas coisas. Ao que parece os maus são os que “…Nesta concepção muçulmana da sociedade é muito fácil que a política instrumentalize a religião e a religião instrumentalize a política.”
Pois.

E há as histórias dos Bancos do Vaticano ligados à Máfia, as carteiras de acções que incluem, inocentemente presumo, empresas de construção de material militar e a riqueza do seu Estado e a pobreza das suas missões. E a simpatia e proximidade que a Igreja desenvolveu com os ricos e poderosos do mundo e a sua macia diplomacia perante guerras e genocídios dependendo de quem os pratica, a sua falta de autoridade moral em todas as questões de África, ao ponto de hoje serem os pequenos grupos religiosos que fazem a diferença no crescente mar do Islamismo.
Não, de facto nada é normal no mundo de hoje.

E é por isso que, vendo bem, a homossexualidade até nem é uma coisa assim tão assustadora.

Comentários

Anônimo disse…
Você está generalizando ao dizer que o vaticano apóia o nazismo e a pedofilia. Não é por conta de práticas isoladas que todo o vaticano tem que pagar. O vatinaco não é só uma pessoa e nem é só o Papa. Existem séculos de história, religião, fé, pregação e bons atos que são difundidos a partir dali. Assim como em qualquer instituição vão existir membros que desvirtuam os ensinamentos da mesma. Seria o mesmo que dizer que sua empresa apóia o holocauto se pelo menos um de seus integrantes tivesse tendências anti-semitas. Você acharia justo sua empresa ser considerada nazista ?!!! Reflita antes de criticar entidades religiosas, já que religião não se discute! Marcos Melo
vinhas disse…
Caro Marcos o Vaticano obviamente não apoia a pedofilia no domínio das suas palavras: protege os seus actores. Durante a Guerra o Papa "trocou" a salvação do Vaticano por umas quantas almas judias e um "olhar para o lado" as atrocidades cometidas.
Não discordo da fé, acto humano que considero comovente qualquer que seja a crença. Mas quando assumimos uma ética temos que ser integros e não desculpabilizantes.

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