Comércio: A favor da reabertura do Acordo de Comércio Livre Norte-Americano.
Talvez a mais árdua tarefa internacional americana que adivinho quase impossível um acordo num primeiro mandato. As posições estão extremadas, a Europa lançará mais cedo ou mais tarde politicas de protecção como forma de activação dos mercados internos e protecção ao emprego e os tempos de agricultura barata também chegaram ao fim. Alcançar um equilíbrio num âmbito tão vasto não será fácil e só poderá ser conseguido através da criação de um alicerce – o Brasil. Sem o Brasil não me parece que possa existir sucesso neste campo.
Coreia do Norte: Defende a criação de uma coligação internacional forte que acabe com o programa de armas nucleares.
Desde que a coligação assente na sempre rejeitada ONU, parece-me possível algum entendimento. Fora disso será apenas mais um tiro no pé.
Aliás, a reabilitação da imagem norte americana nos fóruns internacionais deve passar em larga medida pela valorização deste órgão que a América tanto desacreditou.
De qualquer modo, o problema esbarra novamente numa potência emergente: a China, a única que pode interceder diplomaticamente junto deste regime monárquico e feudal.
Já estamos a ver que a América vai precisar de muitos amigos…
Crise financeira: Propõe um plano bianual e uma taxa de crédito de três mil dólares (2.300 euros) para empresas, por cada emprego criado. Ampliação dos benefícios para os desempregados.
Tenho algumas dúvidas em relação a forma como esta questão será tratada. O discurso de tomada de posse mostrou claramente que os Estados Unidos não está pronto para abdicar do seu protagonismo económico e influencia sobre o mundo. Continuarão a tentar que as outras nações incorporem uma estrutura mental que tem componentes positivas, mas muito negativas também.
É tempo da América reflectir sobre o modelo capitalista que foi sustentado e legitimado politicamente durante o último século. Não tem lugar no mundo actual. Não pode ser imposto aos povos através do suborno, assassínio e sustentação financeira de regimes inomináveis.
O despontar de um novo modelo depende da mudança estrutural da mentalidade dos economistas, das multinacionais e dos políticos. Levará muito tempo, tempo que o povo não tem.
Não é plausível que a introdução de benefícios fiscais, obras públicas e incentivos à contratação sejam suficientes para abater a dimensão desta crise. A emergência de um novo modelo deveria ter sido mais vincada e demonstrada aos eleitores porque, na prática, será através do sucesso ou fracasso das suas medidas no campo da economia doméstica que Obama será escrutinado.
Cuba: Diminuir as restrições nas viagens de parentes e no envio de dinheiro de norte-americanos de origem cubana para familiares em Cuba. Aberto a um encontro com o novo líder cubano, Raul Castro, sem pré-condições. A favor do levantamento do embargo norte-americano se Havana mostrar uma abertura por uma mudança democrática.
A melhor forma de mudar Cuba é devolver o país à cena internacional e criar pontes para uma saída honrosa para ambos os lados. Cuba não é a Coreia do Norte nem uma ameaça. É apenas um povo oprimido por uma revolução promovida e sustentada pela América. Já é tempo de sarar as feridas e apoiar os esforços para a transição democrática que não será de acordo com o cronograma americano, mas sim no tempo cubano. O problema principal será como ajudar Raul Castro a “arrumar” os párias do sistema que ajudou a criar.
Talvez a mais árdua tarefa internacional americana que adivinho quase impossível um acordo num primeiro mandato. As posições estão extremadas, a Europa lançará mais cedo ou mais tarde politicas de protecção como forma de activação dos mercados internos e protecção ao emprego e os tempos de agricultura barata também chegaram ao fim. Alcançar um equilíbrio num âmbito tão vasto não será fácil e só poderá ser conseguido através da criação de um alicerce – o Brasil. Sem o Brasil não me parece que possa existir sucesso neste campo.
Coreia do Norte: Defende a criação de uma coligação internacional forte que acabe com o programa de armas nucleares.
Desde que a coligação assente na sempre rejeitada ONU, parece-me possível algum entendimento. Fora disso será apenas mais um tiro no pé.
Aliás, a reabilitação da imagem norte americana nos fóruns internacionais deve passar em larga medida pela valorização deste órgão que a América tanto desacreditou.
De qualquer modo, o problema esbarra novamente numa potência emergente: a China, a única que pode interceder diplomaticamente junto deste regime monárquico e feudal.
Já estamos a ver que a América vai precisar de muitos amigos…
Crise financeira: Propõe um plano bianual e uma taxa de crédito de três mil dólares (2.300 euros) para empresas, por cada emprego criado. Ampliação dos benefícios para os desempregados.
Tenho algumas dúvidas em relação a forma como esta questão será tratada. O discurso de tomada de posse mostrou claramente que os Estados Unidos não está pronto para abdicar do seu protagonismo económico e influencia sobre o mundo. Continuarão a tentar que as outras nações incorporem uma estrutura mental que tem componentes positivas, mas muito negativas também.
É tempo da América reflectir sobre o modelo capitalista que foi sustentado e legitimado politicamente durante o último século. Não tem lugar no mundo actual. Não pode ser imposto aos povos através do suborno, assassínio e sustentação financeira de regimes inomináveis.
O despontar de um novo modelo depende da mudança estrutural da mentalidade dos economistas, das multinacionais e dos políticos. Levará muito tempo, tempo que o povo não tem.
Não é plausível que a introdução de benefícios fiscais, obras públicas e incentivos à contratação sejam suficientes para abater a dimensão desta crise. A emergência de um novo modelo deveria ter sido mais vincada e demonstrada aos eleitores porque, na prática, será através do sucesso ou fracasso das suas medidas no campo da economia doméstica que Obama será escrutinado.
Cuba: Diminuir as restrições nas viagens de parentes e no envio de dinheiro de norte-americanos de origem cubana para familiares em Cuba. Aberto a um encontro com o novo líder cubano, Raul Castro, sem pré-condições. A favor do levantamento do embargo norte-americano se Havana mostrar uma abertura por uma mudança democrática.
A melhor forma de mudar Cuba é devolver o país à cena internacional e criar pontes para uma saída honrosa para ambos os lados. Cuba não é a Coreia do Norte nem uma ameaça. É apenas um povo oprimido por uma revolução promovida e sustentada pela América. Já é tempo de sarar as feridas e apoiar os esforços para a transição democrática que não será de acordo com o cronograma americano, mas sim no tempo cubano. O problema principal será como ajudar Raul Castro a “arrumar” os párias do sistema que ajudou a criar.
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