Pular para o conteúdo principal

Cromos internacionais da colecção que ninguém quer fazer 5

“Crava”

Pappandreu – Cometo uma monstruosa indignidade a chamar assim o PM grego. Toda a gente sabe que a Grécia foi espoliada pelos seus políticos, economistas e banqueiros (em que outros países são as mesmas personagens?) e por um bando de irresponsáveis para os quais a cadeia até é um favor.

Nada mais lhe resta do que representar o papel impossível de que o Estado grego vai cumprir o sonho impossível dos especuladores. Nem que jorrasse petróleo no Partenon e desabrochassem minas de cobre em cada ilha grega haverá condições e riqueza produzida para cobrir juros de mais de 60%.
Chegamos aquele momento em que, perante a catástrofe e o colapso eminente, readquirimos o controle de nós mesmos. Como o passageiro de um avião que vai cair. Depois do desespero surge uma paz e algo nos equilibra finalmente. Ficamos em paz com o iniludível e reconhecemo-nos finalmente: nas nossas fraquezas e virtudes, vontades e desejos.

A Grécia será assim: não poderá pagar. Acaso vão transforma-los no Darfur da Europa? Vão negar-lhes apoio alimentar? Vou roubar-lhes a história, território e património para pagar a especuladores? Antes reduzir tudo a pó.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Alguém nos explica isto?

Os registos de voo obtidos por Ana Gomes em 2006 revelam que, entre 2002-2006, em pelo menos 94 ocasiões, aviões cruzaram o espaço aéreo português a caminho de ou provenientes da Baía Guantanamo . Em pelo menos 6 ocasiões aviões voaram directamente das Lajes nos Açores para Guantanamo. Ver o relatório da ONG britânica. Não creio que isto nos deixe mais seguros e tenho a certeza de que me deixa a consciência pesada, foi o estado em que me integro que permitiu isto. PS (por sugestão do Vinhas). As notícias sobre um dos aviões que transportaram presos para Guantánamo e que agora se despenhou no México carregado de cocaína podem ser vistas aqui e aqui ou ainda aqui.

2013: O que fazer com um ano inútil

Resumindo tudo e contra a corrente de louvor papal, o ano de 2013 teve como figura principal o conflito e poderia ser retratado por um jovem mascarado a atirar pedras contra a polícia. Nunca como em nenhum outro ano a contenção policial foi necessária perante a ordem de injustiças, desigualdades, nepotismos, etc., etc. etc. Os Estados deixaram de representar os povos, as nações estão a ser desmontadas e os grandes interesses financeiros instalam-se com uma linguagem musculada sobre o mundo, definido as barreiras dos que tem e dos que estão excluídos deste novo mundo que se desenha, ficando ainda umas réstias por eliminar mas que se mantem enquanto necessárias. Neste mundo conturbado onde grandes interesses se disfarçam, de Estado (Rússia, China ou Coreia, por exemplo) e onde o Estado foi substituído por interesses específicos de natureza transnacional (Portugal, Grécia ou Itália) ou aqueles em que o Estado é uma fachada de recurso (EUA) para interesses particulares. A dívida, a crise,...