Pular para o conteúdo principal

Mundial 2018

Quis o destino que G. Madail produzisse uma afirmação gratuita que aguçou o apetite de muitos e com algum sentido: a realização do Mundial de Futebol "Ibérico".
Claro que foi uma laracha atirada ao ar porque se fosse para levar à serio deveria seguir, em primeiro lugar, os canais institucionais normais e depois a entidade congénere do vizinho e só depois preparar o terreno para aventar o interesse mútuo!
Com o sentido de Estado do nosso Presidente, instado a ter de comentar num dia de semana que não fazia ponte ou Feriado Nacional e Municipal em nenhuma parte do país, aplicou um rotundo não num projecto que, se fosse verdadeiro, ocorreria daqui a 10 anos, mais ou menos.
Este pequeno episódio encerra toda a demência da política nacional: um responsável de uma instituição nacional lança um bitaite para o ar sobre a organização de um evento supranacional sem dar cavaco à outra parte e sem consultar os responsáveis políticos de que depende hierarquicamente. Outro presidente comenta como se fosse um gasto desvairado e inadequado ao país, ignorando que este mesmo país já investiu coiro e cabelo para fazer o Euro e que, agora, interessava rentabilizar os espaços construídos. Se não gosta de futebol bastava perorar que há muitos outros investimentos necessários no plano social, blá, blá, blá…Se acha que os custos de uma iniciativa deste género são elevados, melhor será informá-lo que os estádios já existem e no que respeita a desvios orçamentais de obras pública melhor será Cavaco Silva não comentar.
Ambos não estarão nos lugares que actualmente ocupam à data do eventual acontecimento; ambos fizeram projectos megalómanos e de elevado custo nas suas presidências, gastando fortunas nas suas vaidades com desvios orçamentais e tudo.

Comentários

Helena Henriques disse…
:-) Muito gostamos nós de andar a discutir "não factos"

Postagens mais visitadas deste blog

Dos governos minoritários e maiorias absolutistas

Na óptica dos partidos mais votados em Portugal, a governação em situação minoritária ou de coligação é inviável. A ideia de um pequeno partido poder influenciar, propor e monitorar o comportamento aberrante dos partidos centrais é uma situação intolerável para estas máquinas de colocação de militantes e de controlo de investimentos privados. Acenam com o caos, a ingovernabilidade e o piorar da situação do país. Esquecem que o país caminhou para o fundo do abismo pela mão de ambos. Não por uma inépcia ou incapacidade das suas figuras, mas por dependência de quem os financia, de quem os povoa e da impossível subversão ao sistema corporativo vigente. Sócrates afrontou algumas destas entidades instaladas e vive a antropofagia quotidiana dos jornais e televisões e – vejam lá – ele não é um perigoso extremista, até porque o seu partido chutou soberanamente João Cravinho para canto, mais os seus amoques contra a corrupção. Se a memória não me falha Ferreira Leite foi a Ministra que teve a pe

Balanço e Contas: 2 anos de governação

Ao fim de 2 exaustivos anos de governação importa fazer uma reflexão não sobre os atos do governo mas sim sobre o comportamento da sociedade em geral relativamente ao que se está a passar. Para faze-lo, importa ter presente algumas premissas que a comunicação social e as pessoas em geral insistem em negligenciar e a fingir ignorantemente que não são as traves mestras do comportamento governativo: 1. Este governo não governa para os portugueses nem para os seus eleitores; 2. Este governo não pretende implementar qualquer modelo económico. Pretende apenas criar a rutura necessária à implantação de um; 3. A sua intervenção orienta-se por uma falsa perceção de que a sociedade portuguesa entrou em rutura com o socialismo e as conquistas sociais do 25 de Abril; 4. Para agradar credores e cair no goto do sistema financeiro que irá propiciar empregos futuros a quem for mais bandalho com o seu país, usou o medo para tornar a mudança incontornável, culpando e responsabilizan