Pular para o conteúdo principal

Mundial 2018

Quis o destino que G. Madail produzisse uma afirmação gratuita que aguçou o apetite de muitos e com algum sentido: a realização do Mundial de Futebol "Ibérico".
Claro que foi uma laracha atirada ao ar porque se fosse para levar à serio deveria seguir, em primeiro lugar, os canais institucionais normais e depois a entidade congénere do vizinho e só depois preparar o terreno para aventar o interesse mútuo!
Com o sentido de Estado do nosso Presidente, instado a ter de comentar num dia de semana que não fazia ponte ou Feriado Nacional e Municipal em nenhuma parte do país, aplicou um rotundo não num projecto que, se fosse verdadeiro, ocorreria daqui a 10 anos, mais ou menos.
Este pequeno episódio encerra toda a demência da política nacional: um responsável de uma instituição nacional lança um bitaite para o ar sobre a organização de um evento supranacional sem dar cavaco à outra parte e sem consultar os responsáveis políticos de que depende hierarquicamente. Outro presidente comenta como se fosse um gasto desvairado e inadequado ao país, ignorando que este mesmo país já investiu coiro e cabelo para fazer o Euro e que, agora, interessava rentabilizar os espaços construídos. Se não gosta de futebol bastava perorar que há muitos outros investimentos necessários no plano social, blá, blá, blá…Se acha que os custos de uma iniciativa deste género são elevados, melhor será informá-lo que os estádios já existem e no que respeita a desvios orçamentais de obras pública melhor será Cavaco Silva não comentar.
Ambos não estarão nos lugares que actualmente ocupam à data do eventual acontecimento; ambos fizeram projectos megalómanos e de elevado custo nas suas presidências, gastando fortunas nas suas vaidades com desvios orçamentais e tudo.

Comentários

Helena Henriques disse…
:-) Muito gostamos nós de andar a discutir "não factos"

Postagens mais visitadas deste blog

2013: O que fazer com um ano inútil

Resumindo tudo e contra a corrente de louvor papal, o ano de 2013 teve como figura principal o conflito e poderia ser retratado por um jovem mascarado a atirar pedras contra a polícia. Nunca como em nenhum outro ano a contenção policial foi necessária perante a ordem de injustiças, desigualdades, nepotismos, etc., etc. etc. Os Estados deixaram de representar os povos, as nações estão a ser desmontadas e os grandes interesses financeiros instalam-se com uma linguagem musculada sobre o mundo, definido as barreiras dos que tem e dos que estão excluídos deste novo mundo que se desenha, ficando ainda umas réstias por eliminar mas que se mantem enquanto necessárias. Neste mundo conturbado onde grandes interesses se disfarçam, de Estado (Rússia, China ou Coreia, por exemplo) e onde o Estado foi substituído por interesses específicos de natureza transnacional (Portugal, Grécia ou Itália) ou aqueles em que o Estado é uma fachada de recurso (EUA) para interesses particulares. A dívida, a crise,...

Srebrenica

Sbrenica faz 18 anos. É a prova de que a Europa nunca será unida e que, ciclicamente, fará as suas purgas, por dinheiro, crença ou prepotencia. Ou todas juntas.