A independência do Kosovo é um dos exemplos mais notórios de que todo o esforço da “Constituição Europeia” é um logro e um erro.
Nunca a Europa conseguirá ter uma posição comum sobre um assunto de elevada importância internacional.
A “pressa” americana é necessária para manter este litígio latente com a Rússia, desagradada com os acontecimentos. Manter o perfume da guerra-fria é algo que agrada aos Republicanos e aos Czares.
De resto, os principais aliados (a Europa que interessa) reconheceram na sequência dos americanos, como bons aliados que são. Em breve, os aliados de 2ª linha avançarão mais ou menos timidamente, mais ou menos pressionados pelas circunstâncias.
Espanha e Grécia rejeitam por razões óbvias e importantes do ponto de vista da manutenção da sua coesão nacional; checos, finlandeses e holandeses, independentemente das razões seguiram um critério que me parece ajustado: esperar para ver o que é e ao quem vem a nova república. Portugal reconhecerá mais semana, menos semana.
Os países próximos do “problema” estão hesitantes, divididos entre os financiamentos e a vizinhança. Poderão ocorrer surpresas de alguns deles.
Turquia e Chipre têm o “rabo preso, tal como a Espanha.
Tudo isto demonstra que uma posição única da Europa seria um desastre em larga escala. Se cada região da Europa invocasse a independência assente numa reconhecida diferenciação de língua, unidade politica, religiosa e social, costumes, descontinuidade geográfica e interesse popular a Europa seria uma manta de retalhos (se compararmos o Kosovo à Catalunha, ao nível de requisitos formais, a segunda já deveria ser independente a muito tempo!)
E todos sabemos historicamente o que representa a Europa retalhada: guerra.
Penso que a independência do Kosovo deveria ter atravessado um processo mais longo, de autonomia em autonomia até a independência aliás como se insinua na Resolução 1244.
Seria um processo menos traumático para todas as partes e pelo qual os aliados europeus dos americanos nunca mostraram interesse, esperando talvez que os kosovares esquecessem esta reivindicação. Os riscos desta subversão e da aceitação da independência do Kosovo não serão, acredito, sentidos pelos kosovares: quem vai “pagar” são os territórios separatistas russos.
Uma vez que não há lei que seja respeitada, os russos achar-se-ão no direito de intervir radicalmente nestas regiões antes que alguém se lembre…
Nunca a Europa conseguirá ter uma posição comum sobre um assunto de elevada importância internacional.
A “pressa” americana é necessária para manter este litígio latente com a Rússia, desagradada com os acontecimentos. Manter o perfume da guerra-fria é algo que agrada aos Republicanos e aos Czares.
De resto, os principais aliados (a Europa que interessa) reconheceram na sequência dos americanos, como bons aliados que são. Em breve, os aliados de 2ª linha avançarão mais ou menos timidamente, mais ou menos pressionados pelas circunstâncias.
Espanha e Grécia rejeitam por razões óbvias e importantes do ponto de vista da manutenção da sua coesão nacional; checos, finlandeses e holandeses, independentemente das razões seguiram um critério que me parece ajustado: esperar para ver o que é e ao quem vem a nova república. Portugal reconhecerá mais semana, menos semana.
Os países próximos do “problema” estão hesitantes, divididos entre os financiamentos e a vizinhança. Poderão ocorrer surpresas de alguns deles.
Turquia e Chipre têm o “rabo preso, tal como a Espanha.
Tudo isto demonstra que uma posição única da Europa seria um desastre em larga escala. Se cada região da Europa invocasse a independência assente numa reconhecida diferenciação de língua, unidade politica, religiosa e social, costumes, descontinuidade geográfica e interesse popular a Europa seria uma manta de retalhos (se compararmos o Kosovo à Catalunha, ao nível de requisitos formais, a segunda já deveria ser independente a muito tempo!)
E todos sabemos historicamente o que representa a Europa retalhada: guerra.
Penso que a independência do Kosovo deveria ter atravessado um processo mais longo, de autonomia em autonomia até a independência aliás como se insinua na Resolução 1244.
Seria um processo menos traumático para todas as partes e pelo qual os aliados europeus dos americanos nunca mostraram interesse, esperando talvez que os kosovares esquecessem esta reivindicação. Os riscos desta subversão e da aceitação da independência do Kosovo não serão, acredito, sentidos pelos kosovares: quem vai “pagar” são os territórios separatistas russos.
Uma vez que não há lei que seja respeitada, os russos achar-se-ão no direito de intervir radicalmente nestas regiões antes que alguém se lembre…
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