Depois da euforia do 'fim da história' com a glorificação capitalismo e do Tio Sam, eis senão a surpresa, a crise do subprime é uma face visível de algo bem mais grave e profundo que afectará o mundo inteiro. Surpresa? Nem por isso, o Laboratório Europeu de Antecipação Política ou LEAP/E2020 fartara-se de avisar e não apenas em Outubro passado, com este impressionante artigo As sete fases do momento explosivo da crise sistémica global 2007-2009 (em francês) , o assunto já tinha sido abordado em vários outros artigos.
Então e a surpresa? Será que temos dirigentes incautos? Alguns, talvez. O antigo Governador da Reserva Federal Americana dever querer um belo buraco ao sol para nele desaparecer muito em breve. Parece-me que uma imensa maioria preferiu "empurrar com a barriga", apesar da gravidade da situação e da ameaça que representa para a vida das populações - parece que realmente estas contam no dia de eleições e se votarem iludidas, também está bem.
Vejamos a amplitude do problema que vamos enfrentar, segundo a estimativa do LEAP, a fase de impacto da crise sistémica global será mais longa do que o mesmo organismo tinha previsto há um ano. Com efeito, a amplitude do primeiro choque financeiro e bancário sentido, em Agosto de 2007, significa para a equipa do LEAP que o impacto vai desenvolver-se sob a forma sequencial com sete estágios maiores, afectando de maneira específica as principais regiões do mundo. A fase de impacto estender-se-á por mais de dois anos a contar do ponto de inflexão ocorrido em Abril de 2007, até ao final de 2009. De seguida dar-se-á início a fase dita de "decantação" que corresponderá à continuidade dos novos equilíbrios do sistema a nível mundial. Até Junho de 2007, pelos números que o GEAB, LEAP/2020 antecipou e descreveu sobre a depressão do sistema e preveniu sobre os desmoronamentos a enfrentar. No número de Outubro de 2007 do GEAB (N°18), LEAP/E2020 analisa as grandes linhas de cada uma das sete sequências e desenvolve um calendário preciso para cada uma delas. O conjunto, de resto, é reunido num quadro temporal sintético da fase de impacto (até ao fim 2009). Neste comunicado público é apresentada a 1ª sequência além da lista das outras seis sequências.
Sequência 1: A infecção financeira global por via da dívida americana: Cem anos após os "empréstimos russos", as "dívidas americanas".
Sequência 2: Desmoronamento bolsista em especial na Ásia e nos Estados Unidos: - 50% à -20% num ano, para as bolsas, de acordo com a região do mundo
Sequência 3: Ruptura do conjunto das bolhas imobiliárias mundiais: Reino Unido, Espanha, França e países emergentes
Sequência 4: Tempestade monetária: A volatilidade ao maior nível do fundo de Dólar americano podendo atingir os níveis mais baixos
Sequência 5: Estagflação da economia global: Recessão nos EUA, crescimento frouxo na Europa, recessão
Sequência 6: “Muito Grande Depressão” nos Estados Unidos, crise social e subida potencial dos militares na gestão do país
Sequência 7: Aceleração brutal da recuperação estratégica global, ataque sobre o Irão, Israel ao bordo do abismo, caos no médio-oriente, crise energética
SEQUÊNCIA 1 - A infecção financeira global por via da dívida americana: Cem anos após “os empréstimos russos”, “as dívidas americanas” (2° Trimestre 2007 -3° Trimestre 2008) Como explicou a equipa do LEAP/E2020 o GEAB N°17, a dimensão financeira da crise actual tem em grande parte a sua origem no facto de, durante as duas últimas décadas, a economia americana se ter especializado essencialmente na produção “de dívidas” (das famílias, das empresas e das instituições públicas) e de que uma parte crescente desta dívida colectiva foi vendida à detentores estrangeiros que estão a aperceber-se que correm o risco de nunca ser reembolsados integralmente dos seus empréstimos (graças aos quais o “American Way of Life” foi financiado estes últimos anos). Mais desconfiados, ou antes mais perspicazes, começam mesmo a interrogar-se se, muito simplesmente, serão reembolsados. A comparação com os empréstimos russos não representa apenas um traço de humor mas, mas uma comparação razoável porque doravante entra-se numa situação onde, se os EUA não imprimem a moeda que lhes sirva de meio de pagamento, ver-se-ão em situação de cessação de pagamento dado que a sua dívida colectiva excede os 400% do seu PNB.
Em suma, o gigante americano financiou de forma especulativa o seu american way of life, e pior, não se modernizou e nem sequer fez a manutenção das suas infraestruturas pelo que agora se desmorona e, naturalmente sendo o pilar do sistema financeiro mundial, arrasta-nos para uma crise violenta e que, apesar das evidências, ninguém quer ver. Seria bom que visse e que sérias medidas fossem tomadas porque isto implica grande sofrimento para grandes faixas da população a nível mundial causadas pela ganância de alguns (muitos), deixando-nos com a sensação da urgência de populações mais esclarecidas e civicamente participativas de forma a exercer um controlo verdadeiro sobre quem dirige os seus destinos.
Então e a surpresa? Será que temos dirigentes incautos? Alguns, talvez. O antigo Governador da Reserva Federal Americana dever querer um belo buraco ao sol para nele desaparecer muito em breve. Parece-me que uma imensa maioria preferiu "empurrar com a barriga", apesar da gravidade da situação e da ameaça que representa para a vida das populações - parece que realmente estas contam no dia de eleições e se votarem iludidas, também está bem.
Vejamos a amplitude do problema que vamos enfrentar, segundo a estimativa do LEAP, a fase de impacto da crise sistémica global será mais longa do que o mesmo organismo tinha previsto há um ano. Com efeito, a amplitude do primeiro choque financeiro e bancário sentido, em Agosto de 2007, significa para a equipa do LEAP que o impacto vai desenvolver-se sob a forma sequencial com sete estágios maiores, afectando de maneira específica as principais regiões do mundo. A fase de impacto estender-se-á por mais de dois anos a contar do ponto de inflexão ocorrido em Abril de 2007, até ao final de 2009. De seguida dar-se-á início a fase dita de "decantação" que corresponderá à continuidade dos novos equilíbrios do sistema a nível mundial. Até Junho de 2007, pelos números que o GEAB, LEAP/2020 antecipou e descreveu sobre a depressão do sistema e preveniu sobre os desmoronamentos a enfrentar. No número de Outubro de 2007 do GEAB (N°18), LEAP/E2020 analisa as grandes linhas de cada uma das sete sequências e desenvolve um calendário preciso para cada uma delas. O conjunto, de resto, é reunido num quadro temporal sintético da fase de impacto (até ao fim 2009). Neste comunicado público é apresentada a 1ª sequência além da lista das outras seis sequências.
Sequência 1: A infecção financeira global por via da dívida americana: Cem anos após os "empréstimos russos", as "dívidas americanas".
Sequência 2: Desmoronamento bolsista em especial na Ásia e nos Estados Unidos: - 50% à -20% num ano, para as bolsas, de acordo com a região do mundo
Sequência 3: Ruptura do conjunto das bolhas imobiliárias mundiais: Reino Unido, Espanha, França e países emergentes
Sequência 4: Tempestade monetária: A volatilidade ao maior nível do fundo de Dólar americano podendo atingir os níveis mais baixos
Sequência 5: Estagflação da economia global: Recessão nos EUA, crescimento frouxo na Europa, recessão
Sequência 6: “Muito Grande Depressão” nos Estados Unidos, crise social e subida potencial dos militares na gestão do país
Sequência 7: Aceleração brutal da recuperação estratégica global, ataque sobre o Irão, Israel ao bordo do abismo, caos no médio-oriente, crise energética
SEQUÊNCIA 1 - A infecção financeira global por via da dívida americana: Cem anos após “os empréstimos russos”, “as dívidas americanas” (2° Trimestre 2007 -3° Trimestre 2008) Como explicou a equipa do LEAP/E2020 o GEAB N°17, a dimensão financeira da crise actual tem em grande parte a sua origem no facto de, durante as duas últimas décadas, a economia americana se ter especializado essencialmente na produção “de dívidas” (das famílias, das empresas e das instituições públicas) e de que uma parte crescente desta dívida colectiva foi vendida à detentores estrangeiros que estão a aperceber-se que correm o risco de nunca ser reembolsados integralmente dos seus empréstimos (graças aos quais o “American Way of Life” foi financiado estes últimos anos). Mais desconfiados, ou antes mais perspicazes, começam mesmo a interrogar-se se, muito simplesmente, serão reembolsados. A comparação com os empréstimos russos não representa apenas um traço de humor mas, mas uma comparação razoável porque doravante entra-se numa situação onde, se os EUA não imprimem a moeda que lhes sirva de meio de pagamento, ver-se-ão em situação de cessação de pagamento dado que a sua dívida colectiva excede os 400% do seu PNB.
Em suma, o gigante americano financiou de forma especulativa o seu american way of life, e pior, não se modernizou e nem sequer fez a manutenção das suas infraestruturas pelo que agora se desmorona e, naturalmente sendo o pilar do sistema financeiro mundial, arrasta-nos para uma crise violenta e que, apesar das evidências, ninguém quer ver. Seria bom que visse e que sérias medidas fossem tomadas porque isto implica grande sofrimento para grandes faixas da população a nível mundial causadas pela ganância de alguns (muitos), deixando-nos com a sensação da urgência de populações mais esclarecidas e civicamente participativas de forma a exercer um controlo verdadeiro sobre quem dirige os seus destinos.
Comentários