Sócrates assoma a varanda do Hotel Altis para agradecer os inúmeros militantes que agitam as bandeiras da praxe.
Um pouco antes na sua declaração ainda em “Humble Mode”, agradecerá ao povo português a confiança depositada e a compreensão de que a crise mundial perturbou aquilo que estava a ser a melhor governação desde o 25 de Abril. E que compreende a mensagem da urgência da solidariedade emanada da votação.
Do seu discurso surge uma velada intenção de governar sozinho em minoria, não descartando porém o apoio de “todos aqueles que queiram colocar Portugal à frente das suas convicções” (citação prévia que será gizada de maneira provavelmente distinta).
O resto será aquele discurso da vitória de Portugal, da Democracia e do povo.
A soturna noite eleitoral do PSD será passada em sossego.
Desdobrar-se-ão as declarações. Primeiro, Aguiar Branco virá falar da asfixia democrática como razão principal da derrota e do desvio da campanha para outros factos políticos (presume-se menor a possibilidade do Presidente mentir ou ser escutado!).
Esquecerá que o PSD teve o primeiro programa de omissão da história portuguesa e que confiança politica é coisa que o português médio já não tem.
Ferreira Leite fará o discurso de circunstância, felicitando Sócrates, o povo, etc.… e porá imediatamente à disposição o seu cargo no que acho que faz muito bem
Como habitualmente será noite de contar armas.
O PSD é uma pequena Libéria onde, a cada líder, sucede a sua deposição e instalação doutro ainda menos convincente.
Nessa altura 300 comentadores políticos da SIC que tentaram tudo para esconder a fraqueza de MFL, adiantar-se-ão na arte magica da leitura das entranhas para saber o que será o amanhã do partido.
E Marcelo Rebelo de Sousa dirá que o PSD, agora, “poderá trilhar dois caminhos: um o …”.
O Bloco regozija com o dobro dos deputados e a minoria ao PS.
Surpresa será ver Louçã de gravata e num discurso que, passo a citar nas mesmas condições anteriores, que “o BE esteve, está e estará sempre pronto a assumir as responsabilidades que o povo lhe confiou e que tudo fará para que Portugal progrida e se torne mais solidário, etc, etc.
O povo português falou e falou à esquerda e será a esquerda democrática que terá de assumir o compromisso”.
Tocante.
As belíssimas deputadas do BE estarão na primeira fila, esfusiantes e serão capa da Caras na edição pós-eleições.
A ala extrema do BE agitar-se-á, congeminando já nos meios militares a forma de armar o partido.
Paulo Portas – ele próprio é o partido – também exultará com a subida ao nível do PCP.
Fará um discurso de Estado numa primeira fase (e se as contas não me falham, será o primeiro líder a interromper os Especial eleições das TV’s), saudando o PS, mostrando ao PS as vantagens de se coligar com gente séria, experiente e fiel, seguindo uma tradição natural entre os dois partidos.
Dirá também que o PS só tem uma parceria viável, visto que os andrajosos da esquerda não ligam nenhuma a autoridade, não se importam que o país esteja cheio de imigrantes perigosos. “É preciso respeito pelos interesses de Portugal e uma ponte para assegurar aquilo de que o país precisa”.
Mais para o fim da noite virão os sound bites em entrevistas localizadas após cada réplica dos outros líderes e citando nas mesmas condições anteriores:
“ Sócrates mostrou uma grande liderança e sentido político. O PP (Paulo Portas) estará disponível para, de uma forma responsável, assegurar a estabilidade política”.
“O PSD pagou o preço de não querer desenvolver uma mensagem liberal para os portugueses. Procurou sempre os terrenos do PS, não os quais não tem nem vocação, nem experiencia, nem base de apoio”.
“ Existe o real perigo da extrema-esquerda ter uma perigosa influência no poder. Portugal já viveu um passado terrível com esta experiencia. Espero que o sentido de Estado e responsabilidade do PS venham ao de cima nesta hora grave e preocupante em que o PP (Paulo Portas) é a única força a remar contra este mar vermelho”.
Jerónimo reconhece a vitória da CDU em toda a linha, aumentando o número de votantes, sobretudo no Norte oprimido.
Reconhece que a perda de um mandato desvia a atenção da excelente votação da coligação.
Do CC alguém virá dizer que “ocuparão responsavelmente o seu lugar na oposição e que não haverá qualquer possibilidade de entendimento com o PS enquanto continuar a sua política de terra queimada sobre os direitos dos trabalhadores “ (leia-se Função Pública).
Mas o pragmático Jerónimo, o homem mais respeitável da política portuguesa apesar dos dislates ideológicos do PCP, saberá reverter um pouco da situação para si. Referirá a dada altura da noite “ O PS não poderá governar sozinho mas o povo claramente indicou ao PS o caminho, um caminho de esquerda que esperemos Sócrates não o destrua em coligações desastrosas ou acordos com fenómenos da moda”.
O MMS ficará a 3000 votos de eleger um deputado e ninguém o ouvirá porque mais importante do que a vitória de Sócrates, já toda a gente quer saber dos últimos desenvolvimentos na guerra do PSD.
Um pouco antes na sua declaração ainda em “Humble Mode”, agradecerá ao povo português a confiança depositada e a compreensão de que a crise mundial perturbou aquilo que estava a ser a melhor governação desde o 25 de Abril. E que compreende a mensagem da urgência da solidariedade emanada da votação.
Do seu discurso surge uma velada intenção de governar sozinho em minoria, não descartando porém o apoio de “todos aqueles que queiram colocar Portugal à frente das suas convicções” (citação prévia que será gizada de maneira provavelmente distinta).
O resto será aquele discurso da vitória de Portugal, da Democracia e do povo.
A soturna noite eleitoral do PSD será passada em sossego.
Desdobrar-se-ão as declarações. Primeiro, Aguiar Branco virá falar da asfixia democrática como razão principal da derrota e do desvio da campanha para outros factos políticos (presume-se menor a possibilidade do Presidente mentir ou ser escutado!).
Esquecerá que o PSD teve o primeiro programa de omissão da história portuguesa e que confiança politica é coisa que o português médio já não tem.
Ferreira Leite fará o discurso de circunstância, felicitando Sócrates, o povo, etc.… e porá imediatamente à disposição o seu cargo no que acho que faz muito bem
Como habitualmente será noite de contar armas.
O PSD é uma pequena Libéria onde, a cada líder, sucede a sua deposição e instalação doutro ainda menos convincente.
Nessa altura 300 comentadores políticos da SIC que tentaram tudo para esconder a fraqueza de MFL, adiantar-se-ão na arte magica da leitura das entranhas para saber o que será o amanhã do partido.
E Marcelo Rebelo de Sousa dirá que o PSD, agora, “poderá trilhar dois caminhos: um o …”.
O Bloco regozija com o dobro dos deputados e a minoria ao PS.
Surpresa será ver Louçã de gravata e num discurso que, passo a citar nas mesmas condições anteriores, que “o BE esteve, está e estará sempre pronto a assumir as responsabilidades que o povo lhe confiou e que tudo fará para que Portugal progrida e se torne mais solidário, etc, etc.
O povo português falou e falou à esquerda e será a esquerda democrática que terá de assumir o compromisso”.
Tocante.
As belíssimas deputadas do BE estarão na primeira fila, esfusiantes e serão capa da Caras na edição pós-eleições.
A ala extrema do BE agitar-se-á, congeminando já nos meios militares a forma de armar o partido.
Paulo Portas – ele próprio é o partido – também exultará com a subida ao nível do PCP.
Fará um discurso de Estado numa primeira fase (e se as contas não me falham, será o primeiro líder a interromper os Especial eleições das TV’s), saudando o PS, mostrando ao PS as vantagens de se coligar com gente séria, experiente e fiel, seguindo uma tradição natural entre os dois partidos.
Dirá também que o PS só tem uma parceria viável, visto que os andrajosos da esquerda não ligam nenhuma a autoridade, não se importam que o país esteja cheio de imigrantes perigosos. “É preciso respeito pelos interesses de Portugal e uma ponte para assegurar aquilo de que o país precisa”.
Mais para o fim da noite virão os sound bites em entrevistas localizadas após cada réplica dos outros líderes e citando nas mesmas condições anteriores:
“ Sócrates mostrou uma grande liderança e sentido político. O PP (Paulo Portas) estará disponível para, de uma forma responsável, assegurar a estabilidade política”.
“O PSD pagou o preço de não querer desenvolver uma mensagem liberal para os portugueses. Procurou sempre os terrenos do PS, não os quais não tem nem vocação, nem experiencia, nem base de apoio”.
“ Existe o real perigo da extrema-esquerda ter uma perigosa influência no poder. Portugal já viveu um passado terrível com esta experiencia. Espero que o sentido de Estado e responsabilidade do PS venham ao de cima nesta hora grave e preocupante em que o PP (Paulo Portas) é a única força a remar contra este mar vermelho”.
Jerónimo reconhece a vitória da CDU em toda a linha, aumentando o número de votantes, sobretudo no Norte oprimido.
Reconhece que a perda de um mandato desvia a atenção da excelente votação da coligação.
Do CC alguém virá dizer que “ocuparão responsavelmente o seu lugar na oposição e que não haverá qualquer possibilidade de entendimento com o PS enquanto continuar a sua política de terra queimada sobre os direitos dos trabalhadores “ (leia-se Função Pública).
Mas o pragmático Jerónimo, o homem mais respeitável da política portuguesa apesar dos dislates ideológicos do PCP, saberá reverter um pouco da situação para si. Referirá a dada altura da noite “ O PS não poderá governar sozinho mas o povo claramente indicou ao PS o caminho, um caminho de esquerda que esperemos Sócrates não o destrua em coligações desastrosas ou acordos com fenómenos da moda”.
O MMS ficará a 3000 votos de eleger um deputado e ninguém o ouvirá porque mais importante do que a vitória de Sócrates, já toda a gente quer saber dos últimos desenvolvimentos na guerra do PSD.
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