“Quando a ordem perfeita prevalece, o mundo é como um lar do qual todos participam. Homens virtuosos e capazes são eleitos para cargos públicos e homens dignos ocupam empregos rentáveis na sociedade, paz e confiança entre todos os homens são os princípios básicos e indiscutíveis da vida. Todos os homens amam e respeitam os seus próprios pais e filhos, bem como os pais e filhos dos outros. Há cuidado com os idosos, empregos para os adultos, alimento e educação para as crianças. Há meios de sustento para as viúvas e para os viúvos, para todos os que se encontram sós no mundo e para os incapacitados. Cada homem e cada mulher têm um papel apropriado para interpretar na família e sociedade. Um sentido de participação substitui os efeitos do egoísmo e materialismo. Uma devoção aos deveres públicos não deixa lugar para a preguiça. Intrigas e conivência com lucros ilícitos são desconhecidas. Vilões como ladrões e assaltantes não existem. A porta de cada casa não necessita de ser fechada e trancada durante o dia e a noite. Estas são as características de um mundo ideal, o estado como um bem público”
Confúcio
O povo falou. E bem, como sempre.
Traçou um quadro sociológico mais real de Portugal do que em eleições anteriores, vincando o facto de que a crença na sobrevivência e estabilidade a troco de maiorias já não vinga e a negação de que o individuo não é o sistema exigindo a responsabilização geral de todos os envolvidos.
Pensamos diferente e assumimos. Ainda bem.
Cabe agora aos partidos perceber que para governar um país ideologicamente definido e diferenciado tem de organizar de forma coerente mas colectiva, sem negligenciar várias dinâmicas e caminhos.
Parafraseando um político da nossa praça, os partidos devem ver este problema como uma oportunidade de assumirem o que pensam e que contributos podem dar ao país e mostrar verdadeira utilidade.
Ponderando sobre o resultado global apurado, penso que a sua expressão real aponta para uma palavra: Entendimento (“ Nós somos assim e pensamos desta forma. Agora, vocês que nos representam, tem de somar tudo e chegar à síntese do que realmente interessa)”.
Esta inteligente resposta de infinita sabedoria, aponta que o povo chegou a um estádio em que avisa que se podem dispensar os partidos “tradicionais” se for caso disso.
Agora, a bem da Democracia Portuguesa, esperemos que os partidos mostrem que chegaram à idade adulta e se dediquem aos três vectores que o povo lhes pede:
Consensualização: talvez a classe politica não se tenha apercebido ainda mas há pobreza, desemprego e precariedade. O que as pessoas querem ver resolvido é o desemprego e a pobreza e sentir o seu esforço compensado. O resto é paisagem. Os partidos tem de entender que não lhes interessa que cada um tenha o seu grupo de interesses próprio para a resolução.
O país tem necessidade de consensos alargados sobre várias matérias decisivas como a Educação, a Justiça, o SNS e a protecção do património natural (água, solo e orla costeira) e as políticas têm de ter vectores comuns sob o risco de estarmos sempre a mudar aquilo que devia ser estável.
Ponderação: Outras matérias têm de ser ponderadas entre todas as forças e no real interesse do povo. As decisões partilhadas responsabilizam todos e é assim que tem de ser feito. Ser contra ou a favor de TGV’s, aeroportos, travessias do Tejo só importa depois de discutidas no Parlamento e votadas neste Órgão. Os concursos à volta dos mesmos devem ter uma fiscalização intensa e o controle de custos, embora tarefa do Estado, deve ser escrutinado ao tostão pelos outros.
O povo compreende factos e não publicidade.
Parlamentarização: Finalmente poderemos ter um regime parlamentar, onde a representação do povo é superior aos interesses específicos dos governos.
Esperemos ter um Parlamento à altura do momento.
Juízo
Provavelmente haverá partidos que tudo farão para daqui a dois anos estarmos outra vez a votos.
Poderá ser má ideia.
A consciência política dos jovens eleitores entretanto introduzidos no sistema e a firme noção de que não se pode dar maiorias a ninguém começou a assentar raízes.
Quem se atrever a deitar abaixo por mero exercício especulativo pode vir a ser seriamente penalizado.
Confúcio
O povo falou. E bem, como sempre.
Traçou um quadro sociológico mais real de Portugal do que em eleições anteriores, vincando o facto de que a crença na sobrevivência e estabilidade a troco de maiorias já não vinga e a negação de que o individuo não é o sistema exigindo a responsabilização geral de todos os envolvidos.
Pensamos diferente e assumimos. Ainda bem.
Cabe agora aos partidos perceber que para governar um país ideologicamente definido e diferenciado tem de organizar de forma coerente mas colectiva, sem negligenciar várias dinâmicas e caminhos.
Parafraseando um político da nossa praça, os partidos devem ver este problema como uma oportunidade de assumirem o que pensam e que contributos podem dar ao país e mostrar verdadeira utilidade.
Ponderando sobre o resultado global apurado, penso que a sua expressão real aponta para uma palavra: Entendimento (“ Nós somos assim e pensamos desta forma. Agora, vocês que nos representam, tem de somar tudo e chegar à síntese do que realmente interessa)”.
Esta inteligente resposta de infinita sabedoria, aponta que o povo chegou a um estádio em que avisa que se podem dispensar os partidos “tradicionais” se for caso disso.
Agora, a bem da Democracia Portuguesa, esperemos que os partidos mostrem que chegaram à idade adulta e se dediquem aos três vectores que o povo lhes pede:
Consensualização: talvez a classe politica não se tenha apercebido ainda mas há pobreza, desemprego e precariedade. O que as pessoas querem ver resolvido é o desemprego e a pobreza e sentir o seu esforço compensado. O resto é paisagem. Os partidos tem de entender que não lhes interessa que cada um tenha o seu grupo de interesses próprio para a resolução.
O país tem necessidade de consensos alargados sobre várias matérias decisivas como a Educação, a Justiça, o SNS e a protecção do património natural (água, solo e orla costeira) e as políticas têm de ter vectores comuns sob o risco de estarmos sempre a mudar aquilo que devia ser estável.
Ponderação: Outras matérias têm de ser ponderadas entre todas as forças e no real interesse do povo. As decisões partilhadas responsabilizam todos e é assim que tem de ser feito. Ser contra ou a favor de TGV’s, aeroportos, travessias do Tejo só importa depois de discutidas no Parlamento e votadas neste Órgão. Os concursos à volta dos mesmos devem ter uma fiscalização intensa e o controle de custos, embora tarefa do Estado, deve ser escrutinado ao tostão pelos outros.
O povo compreende factos e não publicidade.
Parlamentarização: Finalmente poderemos ter um regime parlamentar, onde a representação do povo é superior aos interesses específicos dos governos.
Esperemos ter um Parlamento à altura do momento.
Juízo
Provavelmente haverá partidos que tudo farão para daqui a dois anos estarmos outra vez a votos.
Poderá ser má ideia.
A consciência política dos jovens eleitores entretanto introduzidos no sistema e a firme noção de que não se pode dar maiorias a ninguém começou a assentar raízes.
Quem se atrever a deitar abaixo por mero exercício especulativo pode vir a ser seriamente penalizado.
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