Em tempos passados, Portas era um bem-sucedido oposicionista do ainda não filósofo Sócrates. Pela bravata, discurso arrivista, rapioqueiro (uma das palavras mais bonitas do português, que nosso senhor Graça Moura a conserve!) e populismo a rodos andava o que tinha o cognome de “Paulinho das feiras” de terra em terra, de pasto em pasto a apregoar os malefícios do socialista Sócrates; onde havia uma vaca por mugir, uma ovelha a parir e uma rima de moscas de cavalo a flutuar sob o desastre da agricultura nacional, lá estava ele, o Portas, a perorar sobre uma proposta básica, óbvia e incipiente que ninguém irá implementar porque oca de razoabilidade. Era o maior produtor agricola de sound bites, de discursos de circunstância, de enfeites. Durante muito tempo soubemos que, se havia ajuntamento nas feiras ou era ASAE ou Paulo Portas. Agora, temos saudades. O que é feito do homem jeitoso que de boné taxista e camisa arregaçada evitava a bosta dos campos com passo de bai...