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Concentrações de mercado

O grupo Leya através de operação de mercado, já detém 3 das cinco mais importantes editoras do mercado.
Prepara certamente uma investida no mercado dos PALOP ao nível dos livros técnicos e escolares (não sei que estratégia terão relativamente ao Brasil em tempo de Acordo Ortográfico).
Segundo o que é dado conhecer pela imprensa, o grupo pretende manter o perfil editorial das editoras, aproveitando a imagem positiva que detém junto do mercado, assim como os autores portugueses mais sonantes de cada uma delas.
Se por um lado agrada-me o projecto de combate pela disseminação da língua junto de outras lusofonias (o Acordo Ortográfico, de certo modo incomoda-me porque acho que não apresenta um meio termo entre a tradição e regra de raiz e o seu desenvolvimento), por outro tudo que cheire a concentração tem algumas componentes de normalização que me desagradam.
Veremos se o projecto se esclarece.

Outra questão: mais um canal generalista. Já li e ouvi muita coisa sobre o assunto e a minha opinião está contaminada. De qualquer modo a pergunta que se impõem: porque generalista? Se é um canal para as massas, para ser generalista género TVI ou SIC (ou mesmo RTP 1) e fazer aqueles programas para idosos, crianças e adolescentes comportadinhos; se pretende ser mais uma grelha de enlatados nacionais, frete político e reportagem choque, por favor, não!
Porque não uma Sport TV dos pobres a apresentar as modalidades amadoras, a Liga Vitalis e a 2ª Divisão?

Nota: Eu votei na Liga dos últimos!

Comentários

Helena Henriques disse…
Estas concentrações não me agradam, a experiência diz-me que são incompatíveis com pluralismo e com qualidade. A ver vamos, espero ser surpreendida.
Quanto ao canal generalista, pois venha, pelo menos é o que merece a reacção do sr. Pinto Balsemão - isto de querer sol na eira e chuva no nabal; veremos então os enlatados e a lata, mesmo.
Eu teria votado na Liga dos Últimos :)

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